Futebol

Amazon é processada por transmitir cânticos homofóbicos em jogo do PSG

Pelo caso, o clube parisiense foi punido com o fechamento de trecho da arquibancada por um jogo. Quatro jogadores do PSG, entre eles Randal Kolo Muani e Ousmane Dembele, foram suspensos por um jogo por terem se juntado aos cânticos após a partida

"Este processo contra a Amazon tem como objetivo lutar contra a banalização da homofobia no futebol", declarou Julien Pontes, porta-voz do Rouge Direct, um dos coletivos que abriram a ação - (crédito: Reprodução/Freepik)
postado em 09/11/2023 14:38

Várias associações defensoras dos direitos do coletivo LGBT+ informaram na quarta-feira (8/11), que abriram um processo contra a plataforma Amazon Prime, que transmitiu o jogo entre Paris Saint-Germain e Olympique de Marselha, em setembro, pelo Campeonato Francês, no qual os torcedores parisienses entoaram cânticos homofóbicos.

Durante a partida, vários torcedores do PSG xingaram seus rivais de "bichas" e "filhos da p...".

Segundo uma jornalista da AFP que cobriu o jogo no Parque dos Príncipes, esses cânticos se repetiram por vários minutos, principalmente no setor Auteuil, onde se reúnem os ultras do PSG.

Pelo caso, o clube parisiense foi punido com o fechamento desse trecho da arquibancada por um jogo.

Quatro jogadores do PSG, entre eles Randal Kolo Muani e Ousmane Dembele, foram suspensos por um jogo por terem se juntado aos cânticos após a partida, que terminou com vitória do time da casa por 4 a 0.

O advogado das associações LGBT+ informou que os autores do processo consideram que, "na transmissão ao vivo do conteúdo, a emissora não é responsável pelos fatos", mas existe uma responsabilidade na retransmissão do jogo. Os assinantes da Amazon Prime podem rever o jogo e ouvir os cânticos homofóbicos dos torcedores.

"Este processo contra a Amazon tem como objetivo lutar contra a banalização da homofobia no futebol", declarou Julien Pontes, porta-voz do Rouge Direct, um dos coletivos que abriram a ação.

Em maio de 2023, estas organizações já tinham processado a Amazon Prime por um caso similar. Na ocasião, a plataforma se comprometeu a implementar medidas para não voltar a transmitir cânticos homofóbicos, "uma promessa que, infelizmente, não se cumpriu", lamentaram as associações.

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