Vôlei

Brasília estreia com derrota para Osasco na Superliga feminina de vôlei

Time candango se mostra bem treinado e entrosado para a temporada, mas inicia campanha na elite do vôlei nacional com revês diante Osasco, pentacampeão nacional

O Brasília Vôlei jogou em casa na tarde desta quinta-feira, no ginásio do Sesi, em Taguatinga -  (crédito:  Rogério Guerreiro/Brasília Vôlei)
O Brasília Vôlei jogou em casa na tarde desta quinta-feira, no ginásio do Sesi, em Taguatinga - (crédito: Rogério Guerreiro/Brasília Vôlei)
postado em 09/11/2023 18:56 / atualizado em 09/11/2023 18:56

O Brasília Vôlei deu início à participação na Superliga Feminina 2023/2024 com derrota diante do Osasco. Em partida realizada nesta quinta-feira (9/11), no Ginásio Sesi Taguatinga, o representante candango da elite do voleibol verde-amarelo foi superado pelo tradicional adversário pelo placar de três sets a zero, com parciais de 25x21, 25x22 e 25x20. Em partida acirrada por boa parte da própria extensão, o Brasília, apesar de mostrar lapsos de ótimos momentos, não foi capaz da pertinência do time paulista e viu os próprios erros custarem caro.

Além da derrota, a equipe verde de Taguatinga volta a viver um retrospecto negativo acumulado em tempos recentes quando o assunto é estreia. Afinal, o revés diante do time paulista foi responsável por desequilibrar um histórico até então oscilante nas partidas inaugurais das últimas oito campanhas.

Nas oito temporadas anteriores, o Brasília acumulava um total de quatro derrotas e quatro vitórias. A derrota da vez, portanto, desequilibra o retrospecto recente da equipe para o lado negativo. No entanto, a temporada é longa, e o clube candango poderá contar com o trabalho do novo treinador para revigorar os ânimos.

Começo energético

O primeiro set começou com uma demonstração de esforço máximo por parte das donas da casa. Com mergulhos em quadra e bloqueios bem postados, o Brasília Vôlei mostrava as credenciais e a marca do trabalho do novo treinador na busca pela vitória.
O Osasco, porém, era pertinente. Com bons ataques pela zona central da quadra, botavam a bola no chão de maneira sucessiva e garantiam a liderança do placar. Lideradas pelos ataques inteligentes da ponteira Tifanny e pelas rápidas subidas para bloqueio de Fabiana, do lado direito, o Brasília, apesar de ainda se mostrar capaz de bloquear bolas difíceis, com o placar em 14x17 permanecia, em muitos momentos, limitado a atacar pelo lado esquerdo.

A perseverança, apesar disso, permanecia. Com a força dos ataques da oposta Laiza e a manutenção dos rápidos bloqueios, principalmente com a central Kelly e a levantadora Ju Carrijo, o Brasília protagonizava uma verdadeira escalada em direção a um fim de set disputado, com o placar empatado em 20x20. Erros em saques e em tentativas de passar a bola ao outro lado, contudo, custaram caro. Vacilando menos, o Osasco fechou o primeiro set: 25 a 21.

Frustradas, mas ágeis nos bloqueios

O início da segunda parcial, porém, dava indícios do surgimento de uma história diferente. Apesar de começar atrás no placar, o Brasília desempenhava momentos de brilho. Com uma mescla de erros do Osasco e uma sequência vibrante de bloqueios ao centro da quadra, as donas da casa tomaram a frente do placar e, pela primeira vez na partida, com dois pontos de diferença: 6x4. Os escorregões, apesar disso, não deixavam de vir.

Com os fortes golpes da oposta Lorrene, o time paulista tomou a frente do placar e fazia o ginásio Sesi Taguatinga chiar. Com bom aproveitamento tanto na defesa quanto no ataque, o time de roxo mostrava a que veio e era melhor.

Isso não significava, porém, que o time da casa não saberia se aproveitar das situações favoráveis. Mais atenta em relação ao primeiro set, as candangas não deixavam de mostrar energia e contavam com o talento de Ju Carrijo para vencer alguns dos ralis, cada vez mais frequentes.

O lapso do bom momento, a cada jogada, caminhava para se confirmar. Em sequência positiva, o Brasília tomou a frente no placar em 17x15 e se candidatava a empatar a partida. Apesar de tomar nova virada, se recusava a deixar a disputa e perseguia a diferença no placar. Mas, mesmo tendo surtido efeito, o esforço não foi o suficiente. Com um ponto de bloqueio e um erro de saque de Nayara, o Osasco fechou o segundo set: 25x22.

Ralis consecutivos e decepção

A partir daí, cada ponto marcado pelo Brasília era comemorado como uma vitória por parte dos torcedores presentes. Na urgência de correr atrás do resultado, o time verde entrava em quadra para o terceiro set com a mesma disposição do início da partida, mesmo apesar da parcial derrota por dois sets a zero.

A disputa pelos primeiros dez pontos, assim como em momentos anteriores, era acirrada. Ponto a ponto. Com ralis quase consecutivos, o Brasília errava menos em relação ao adversário e garantia a liderança, com dez a oito no placar.

O desenrolar da parcial, porém, mostrava que o filme se repetia. Mesmo com lapsos de pertinência, agilidade e entrosamento, as mandantes não deixavam de externar desatenção, e já não conseguiam tomar a frente do placar. Para os torcedores adeptos à opinião de que a partida estava acabada, estavam certos, apesar da manutenção dos gritos nas arquibancadas. Com mais pontos de Tifanny e Lorrene, o Osasco fechou o terceiro set, com 25 a 20, e consequentemente, a partida, por três sets a zero.

Próximos compromissos

Após a derrota, o Brasília Vôlei terá pela frente na sequência de campeonato o atual vice-campeão, o Gerdau Minas. Dessa vez fora de casa, as brasilienses terão a oportunidade de vingar a derrota vivida na pré-temporada durante a disputa do Campeonato Mineiro na próxima terça-feira (14), às 18h30.

O Osasco, por outro lado, receberá o carioca Maringá, no mesmo horário, mas um dia depois, na quarta-feira (15/10), no Ginásio José Liberatti.

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima

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