O Cerrado se portou bem em um duro confronto no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (13/11). A derrota por 89 x 71 contra o Flamengo, no Ginásio do Maracãnazinho, o time da capital federal deixa a zona de classificação às oitavas de final. Agora, os alviverdes estão a meio jogo do 16º colocado, São Paulo.
A variedade ofensiva e a boa paragem defensiva levou a um jogo parelho em cada quarto, apesar da grande velocidade do Fla ser o ponto chave para romper espaços na quadra rival. Mesmo com a quarta vitória em cinco jogos, os cariocas seguem na quarta posição. O alviverde desce um lugar, estando à frente apenas de quem não venceu: Mogi e Botafogo, respectivamente. Por sinal, o Glorioso é o último rival do time do DF na rodada tripla no Rio de Janeiro.
1º Quarto: Período de duas faces
A natureza defensiva dos visitantes garantia uma baixa pontuação inicial dos rubro-negros, com dificuldade de roldar a bola. Este ato ofensivo funcionou diretamente do outro lado, ao encontrar vantagem numérica debaixo da cesta. A surpresa breve obrigou o técnico Gustavinho de Conti a parar o jogo com quatro minutos disputados.
A parada valeu a pena para os locais, sobretudo pela introdução na bola tripla no jogo, contribuindo com o aumento da pontuação. Esta novidade variou os espaços flamenguistas na quadra, auxiliada pelo estabelecimento dos rebotes defensivos. A nova configuração transformou um 15 x 11 dos alviverdes em revés parcial por 18 x 16 e timeout pedido por Régis Marrelli. Ainda parado no marcador, os candangos cederam 21 unidades ao Fla.
2º Quarto: Consistência é chave
A manutenção da pontuação manteve o placar parelho, indicando a presença brasiliense no ataque, sustentada pela paciência no trabalho ofensivo e na variação entre os pontuadores. Estas tendências também eram vistas do outro lado, mas ainda desagradando o treinador do clube carioca, que parou a partida no meio período. Apesar de uma baixa dos mandantes, a constante dos locais contribuía para uma abertura gradual.
Mereceu destaque o ala-pivô Marko Filipovity, cestinha com 11 pontos de 14 tentados, em efetividade de 78,6%. Entretanto, a constância era conduzida apenas pelos jogadores que iam mais à cesta. O ataque veloz garantia condições de finalização aos principais atletas rubro-negros, apesar do esforço de um bom encaixe cerradista na defesa, ainda melhor no ataque, levando o primeiro tempo a ser fechado em 37 x 29.
3º Quarto: Volta forte do alviverde
A troca de cestas mantida representou a solução para a preocupante volta alviverde em bom nível após o intervalo. Abaixo de dez pontos de desvantagem, o Cerrado sustentou bom ritmo e seguia a rodar na pontuação, com apenas Gui Santos acima dos dez pontos. Entretanto, arrastou um período de poucos pontos nos primeiros sete minutos, mesmo vencendo a parcial por 23 x 20.
Além da pouca pontuação, o dia inspirado de Filipovity complicou as pretensões do candangos: o húngaro fechou o confronto como cestinha, em 19 unidades. Gabriel Jaú e Didi somaram mais de dez unidades cada um, somando para 23 pontos em meia hora. Para tentar estancar a ofensiva do Flamengo, Régis Marrelli pediu tempo técnico para buscar uma transição mais competitiva entre as divisões da metade final da partida.
4º Quarto: Em jogo franco, o Flamengo joga
Nove pontos em dois minutos foram suficientes para o Fla abrir mais de dez pontos de dianteira. A investida na bola tripla finalmente fez efeito, com Cuello, Jaú e Maique, este último que fechou 100% de aproveitamento em 11 pontos tentados. Após isso, a resposta cerradista veio em inglês, com dois triplos de William Green III e outro de Grantham Gillard.
Os alviverdes não venderam barato a vitória. Com a desistência na parcela final do duelo, a amplitude do placar disse pouco sobre o confronto, no último quarto em que os mandantes venceram por mais de dez pontos, fechando parcial em 32 x 19. Com o jogo mais aberto, ficou difícil segurar a técnica unidade carioca. O estabelecimento de uma maior variação de cestas deixou a vantagem clara e irreversível, mesmo com novo tempo pedido pelos visitantes no meio-período.
O Cerrado volta às quadras nesta quarta-feira (15/11), também no Rio de Janeiro, ao enfrentar o Vasco no Ginásio de São Januário, às 20h. Por sua vez, o Flamengo encara o clássico contra o Brasília, em casa, na quinta-feira (16/11), às 19h.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br