Basquete

Cerrado Basquete vence o Mogi e embala segunda seguida pelo NBB

Jogando em casa, equipe alviverde passa por altos e baixos ao longo da partida e conquista terceiro triunfo no campeonato

Em duelo na parte baixa da tabela, Cerrado e Mogi tiveram duelo na Asceb, pelo NBB, nesta terça-feira (28/11) -  (crédito: Pedro Henrique dos Santos/Cerrado Basquete)
Em duelo na parte baixa da tabela, Cerrado e Mogi tiveram duelo na Asceb, pelo NBB, nesta terça-feira (28/11) - (crédito: Pedro Henrique dos Santos/Cerrado Basquete)
postado em 28/11/2023 21:17 / atualizado em 28/11/2023 22:13

Sem dar sorte aos lanternas do Novo Basquete Brasil (NBB), o Cerrado venceu a terceira nesta terça-feira (28/11). Foi contra o Mogi, no Ginásio da Asceb, por 70 x 62, suficiente para subir ao 15° lugar na tabela. O triunfo rendeu o empate no histórico como local em seis jogos, com três bons resultados e outros três reveses. Com momentos positivos para ambos lados em quadra, a vitória no confronto direto manteve o time paulista como único com apenas uma vitória na competição.

1°Quarto: Demorou, mas deu certo

A falta de médico no ginásio atrasou o início de jogo em 20 minutos. Após isso, quatro minutos foram tomados por falha no relógio principal. Este tempo foi suficiente para dar um começo tímido no marcador, com erros dos dois lados: em média distância para os brasilienses e em turnovers para os paulistas.

O técnico visitante, Fernando Penna, parou o jogo com seis minutos jogados e um 11 x 6 contrário, reclamando da marcação. O jogo interno dos alviverdes era a preferência dos dois lados, ficando exposto aos triplos mogianos. Para ambos efeitos, os mandantes fecharam o período à frente, por 21 x 15.

2° Quarto: Teste à paciência

Os visitantes eram carregados pelo ala-armador Gui Lessa, que seguia firme nas bolas de três. O ex-Brasília fechou o primeiro tempo com 12 pontos, contribuindo para os 20 totais como cestinha. Uma de suas cestas motivou a parada pelo técnico Régis Marrelli, com um minuto e meio jogado e parcial de 5 x 3 contrária.

A abertura dos córners foi problema para os cerradistas, que seguiram a sofrer no perímetro, dos dois lados. Shamell empatou o jogo em 28 unidades no meio-período e obrigou uma nova parada. Com uma quadra mais aberta, o jogo foi para o intervalo em 38 x 35 para o time da casa.

3° Quarto: Confronto direto e seus nervos

O segundo tempo começou com velocidade na marcação, esta individualizada, como ordem de ambos lados durante o descanso. Isto motivou a que a soma de pontos na metade da parcial fosse de tão somente 18 unidades.

A tensão e gritaria em quadra fazia parte de um jogo cada vez mais físico. A circunstância era para se guardar tempos técnicos para o final, enquanto o placar evoluía lento e parelho. O marcador esteve por mais de três minutos parado, tudo para um insistente empate em 13 pontos e uma reta final não-apta para ansiosos.

4° Quarto: Hora dos gigantes

O tempo ruía enquanto o placar não andava. Marrelli pedia comunicação entre os jogadores em quadra. Com três minutos, apenas um 2 x 2 insistia na parcial. O treinador alviverde para o jogo.

Um minuto depois, Mogi passa à frente, em mais um arremesso solitário. Dois lances livres de Andrezão devolvem a vantagem. Quando o mesmo voltou à linha de chute, colocou a vantagem em mais de três pontos para o Cerrado pela primeira vez no segundo tempo.

Restando três minutos, até Shamell respondia a torcida local. Todo detalhe vale em confronto direto, mais além do evidente cansaço. Dono do período, Andrezão teve um período à altura de seus 2,13 m e forçou a parada dos mogianos, restando dois minutos, com um 63 x 58 a favor.

O pivô foi o destaque local, com 15 pontos. O colega de posição, Tiago Dias, porém, roubou a última cena, ao converter uma longa bola tripla no estouro de posse, deixando para os paulistas nada mais que nove segundos de jogo, com desvantagem de oito unidades. O Cerrado volta a quadra no próximo sábado (2/12), às 17h, quando recebe o São José, também em casa.

Festa sem grana

No jogo de volta à cidade, Lessa saiu como maior pontuador em quadra. Agora, irá reencontrar antigos colegas do Brasília na quinta-feira (30/11). "É um momento legal, de rever os amigos, até o técnico (Dedé Barbosa), o Fúlvio, com quem tenho o maior respeito e joguei junto em Mogi. Brasília é uma equipe forte também. Temos que respeitar e jogar firme para tentar pelo menos uma vitória aqui", espera.

O marcador foi sentido na falta de comunicação e nos detalhes de acordo com o ala. "A gente falhou muito nos rebotes. Essas diferenças e detalhes poderiam abrir a vantagem e dar um placar à frente. Agora é cabeça erguida, temos muitos jogadores cansados, mas não podemos pensar nisso", diz.

Do lado alviverde, o cansaço também se fez notar, como relata o pivô Andrezão. "Isso nos preocupa para sábado (2/12), com certeza. O São José vem de vitórias muito importantes e estão muito bem. Não podemos deixá-los descansar nem um minuto, ser agressivo", indicou.

Entretanto, os acertos discutidos internamente durante a semana finalmente mostram resultado prático, com a segunda vitória seguida. "Desde o jogo contra o Brasília a gente está resolvendo os detalhes pequenos. Estamos com a intensidade lá em cima. Isso é o mais importante. O restante resolvemos entre nós mesmos", acredita o camisa 10.

Apesar da sequência, nem tudo é festa no Cerrado. Apuração do Correio indica que os salários estão atrasados na equipe alviverde. A folha da equipe é aberta a cada dia 15 do mês, e os demais times patrocinados pelo Banco Regional de Brasília (BRB), Brasília e Flamengo, não apresentam o mesmo problema.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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