MUNDIAL

Fluminense tenta quebrar 10 anos de domínio europeu no Mundial

O Manchester City surge como favorito a erguer mais uma taça, após a memorável conquista da Tríplice Coroa

 Players of Fluminense celebrate with the trophy after winning the Copa Libertadores final football match between Brazil's Fluminense and Argentina's Boca Juniors at Maracana Stadium in Rio de Janeiro, Brazil, on November 4, 2023. (Photo by SILVIO AVILA / AFP)
       -  (crédito: SILVIO AVILA/AFP)
Players of Fluminense celebrate with the trophy after winning the Copa Libertadores final football match between Brazil's Fluminense and Argentina's Boca Juniors at Maracana Stadium in Rio de Janeiro, Brazil, on November 4, 2023. (Photo by SILVIO AVILA / AFP) - (crédito: SILVIO AVILA/AFP)
postado em 12/12/2023 15:16 / atualizado em 12/12/2023 15:18

O futebol de 2023 está chegando ao fim e o Mundial de Clubes na Arábia Saudita (12 a 22 de dezembro) é a última parada antes da virada do ano. O Manchester City surge como favorito a erguer mais uma taça, após a memorável conquista da Tríplice Coroa, mas Fluminense e outros times vão tentar encerrar uma longa sequência de títulos que ficaram com equipes europeias. 

A primeira pergunta a ser feita é se o campeão da Libertadores terá condições de derrotar os poderosos 'Citizens' em uma eventual final, no momento em que o time inglês precisa voltar a brilhar após suas recentes atuações discretas no Campeonato Inglês. 

Mas antes de pensar na grande decisão é preciso tomar muito cuidado com a semifinal, que já foi um pesadelo para alguns times brasileiros. 

Em 2010, o Internacional foi eliminado pelo Mazembe, da República Democrática do Congo (2-0). Em 2013, foi a vez do Atlético-MG de Ronaldinho Gaúcho perder para o marroquino Raja CasaBlanca (3-1). Mais recentemente, em 2020, o Palmeiras de Abel Ferreira foi derrotado nas semifinais pelo mexicano Tigres (1-0). E no Mundial de Clubes de 2022, o Flamengo teve seu sonho frustrado pelo saudita Al-Hilal (3-2).

Outros times sul-americanos que perderam nas semifinais foram o colombiano Atlético Nacional, em 2016 (sofreu uma dura derrota de 3 a 0 para o Kashima Anlters) e o argentino River Plate, em 2018, que decepcionou ao perder nos pênaltis para o Al Ain.

O último time não europeu a conquistar o Mundial de Clubes foi o Corinthians, em 2012, que venceu o Chelsea na final por 1 a 0.

As cartas estão na mesa e agora cabe aos seis campeões de outras confederações internacionais, além do campeão saudita Al-Ittihad, do técnico argentino Marcelo Gallardo, a dura missão de acabar com essa sequência, na 20ª edição do torneio. 

O Real Madrid foi o último campeão do Mundial de Clubes, disputado em fevereiro deste ano devido à realização da Copa do Mundo do Catar em novembro e dezembro de 2022.

'Fechar o ciclo'

Os 'Citizens' são os grandes favoritos à conquista daquele que seria o seu quinto título este ano, depois da Liga dos Campeões, da Premier League, da Copa da Inglaterra e da Supercopa Europeia. 

O leque de astros que o técnico Pep Guardiola tem em suas mãos, com o artilheiro Erling Haaland no comando, faz do campeão europeu o adversário a ser batido. Embora o atacabte norueguês tenha ficado de fora do último jogo da sua equipe devido a uma "reação ao estresse ósseo" que, em princípio, não deveria ser um impedimento à sua presença na Arábia. 

"Este torneio é muito importante, muito prestigioso", disse Guardiola em entrevista à Fifa. 

"Não é fácil se classificar, nem conquistá-lo. Só precisamos de um título para fechar o ciclo e conquistar todos os títulos. Iremos para lá e nos prepararemos porque para nós é um sonho", acrescentou o técnico catalão, vencedor do torneio em três ocasiões, duas pelo Barcelona e outra pelo Bayern de Munique. 

Os ingleses iniciam a jornada nas semifinais no dia 19 de dezembro, na mesma fase e um dia depois do Fluminense. 

O City já sabe que enfrentará o mexicano León ou o japonês Urawa Red Diamonds, vencedor da Liga dos Campeões da Ásia. 

Já os cariocas aguarda um adversário que sairá do duelo das quartas de final entre o campeão africano, o egípcio Al-Alhy, e o vencedor da partida anterior entre Al-Ittihad e o neozelandês Auckland City, campeão da Oceania.

- Flu de Diniz e Marcelo mira o topo do mundo -

Além do objetivo de dar mais uma alegria à torcida tricolor, o técnico Fernando Diniz busca se consolidar no cenário internacional. 

Apesar da épica conquista da Libertadores em novembro, seu desempenho no comando da Seleção Brasileira tem sido alvo de críticas. O Brasil é apenas o sexto colocado das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 após três derrotas seguidas, para Uruguai, Colômbia e Argentina. 

Outro destaque do Fluminense é o veterano lateral-esquerdo Marcelo, que já venceu o Mundial de Clubes quatro vezes (2014, 2016, 2017 e 2018), com a camisa do Real Madrid, uma a menos que seu ex-companheiro de equipe 'merengue' Karim Benzema, agora jogando no Al-Ittihad. 

Esta deverá ser a última edição com o formato de sete equipes. Em 2025, os Estados Unidos sediarão uma Copa do Mundo de Clubes ampliada para 32 participantes, dando início a um torneio quadrienal. 

Até agora, a Arábia Saudita nunca havia recebido esta competição, cuja organização se insere no desejo do reino do Golfo de diversificar suas estruturas econômicas e oferecer ao mundo uma imagem de abertura e desenvolvimento. 

Jidá, que já sediou a Supercopa da Espanha, um Grande Prémio de Fórmula 1 e a luta valendo o título mundial de boxe dos pesos pesados, será palco de sete jogos distribuídos por dois estádios (King Abdullah Sports City e Prince Abdullah Sports City Al-Faisal) para definir o novo campeão mundial no deserto da Arábia.

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