Basquete

Em batalha física, Cerrado cai para o Paulistano no NBB

Jogo físico e brigado exigiu cabeça fria dos dois times para ter momentos de prevalência em cada parte

Partida disputada na voz e no físico tem confronto de momentos na Asceb -  (crédito: Marcos Limonti/Franca)
Partida disputada na voz e no físico tem confronto de momentos na Asceb - (crédito: Marcos Limonti/Franca)
postado em 18/12/2023 21:00 / atualizado em 18/12/2023 21:33

O Cerrado teve uma disputa ferrenha em seu 15º jogo neste Novo Basquete Brasil (NBB). Nesta segunda-feira (18/12), a formação brasiliense caiu contra o Paulistano por 68 x 64, no Ginásio da Asceb. A queda foi a 11ª da equipe alviverde no campeonato, comprometendo a manutenção na zona de playoffs antes da virada do ano.

Um jogo completamente ferrenho nas disputas naturais do basquete mantiveram uma partida de alta competitividade contra um dos times pretendentes a jogar a Copa Super 8. Com este resultado, os cerradistas seguem na 16ª posição, mas igualam o retrospecto do Botafogo, uma posição abaixo. Os paulistas, por sua vez, sobem ao quarto lugar.

1° Quarto: Empurra-empurra e gritaria

O duelo começou com disputa, atrito na defesa e até mesmo discussão, quando um dos árbitros discutiu com o argentino Santiago Ferreyra. O placar tardou a se movimentar pelos erros de ataque, estando equilibrado no três primeiros minutos.

Entretanto, os visitantes pontuaram oito unidades até que Régis Marrelli parasse o jogo no meio período, com um 11 x 5. A pilha do jogo era inteiramente favorável aos paulistas. O técnico cerradista pedia por movimentação e teve resposta em dois triplos seguidos, que reduziram o ímpeto, fechando a parcial perdendo por 15 x 14.

2° Quarto: "A bola tem que correr"

Uma nova ação dos visitantes colocou novamente uma diferença de seis pontos e um pedido precoce de tempo técnico. Estancado na pontuação por longos quatro minutos, o time da Asceb tinha imensa dificuldade em entrar na defesa do Tigre.

Neste meio tempo, Marrelli reclamou em mais um de seus gritos ao time: "A bola tem que correr". Tamanha insistência fez a equipe manter o nível coletivo, distribuindo os pontos. Assim, levou espaço a uma grande remontada, liderada pelo timing do treinador para vencer o primeiro tempo por 37 x 35.

3° Quarto: Foi bom enquanto durou

Nada mudou em relação ao primeiro tempo. Mais parece que sequer houve uma parada, pois os alviverdes seguiam a reagir. Apesar dos contatos rígidos, os mandantes passaram a achar espaços para o chute, comprensando com corrida na defesa.

O mal dos candangos foi não aproveitar-se dessa configuração, sem alargar uma vantagem que poderia condicionar à vitória. O CAP teve ocasião para empatar o jogo ao final do período em 49 pontos e assim o fez, justo com o ex-Cerrado Alex Dória.

4° Quarto: Nervos sem fim

A ordem dos minutos minutos finais era não conceder o mínimo de espaço ao rival. Isto moveu pouco o placar, mas para o lado visitante, que em um 5 x 0 em dois minutos forçou Régis Marrelli a parar o jogo. Os nervos sem fim mantinham o marcador fechado para os mandantes ainda no meio período, com novo timeout depois de apenas mais três pontos dos rivais. O tempo se ia e o placar pouco se movia.

Os paulistas tentavam mover essa lógica chamando os adversários para uma pressão alta, mas nada sem resultados. A prática, replicada do outro lado, apenas serviu para os visitantes terem terreno aberto e gastarem relógio.

Entretanto, como tem sido do costume desta equipe, nada seria entregue facilmente. Um triplo do cestinha do jogo, Davi Rossetto, com 20 pontos, com frieza, no momento mais nervoso do jogo, forçando um tempo do treinador Demétrius. Entretanto, a dinâmica do confronto não deu a esperada quinta vitória no NBB. O Cerrado volta a quadra nesta quinta-feira (21/12), contra o São Paulo, às 19h. Os alvirrubros, por sua vez, recebem o Mogi apenas no dia 27.

Méritos de lado a lado

O ala Victão, do Paulistano, não poupa elogios ao falar do bom momento do time candango em quadra. "Nas últimas partidas deles e inclusive depois da saída dos americanos, eles subiram muito bem. Nos últimos três jogos estão em um nível muito alto. A gente sabia que ia encontrar esse desafio físico. Aqui é um lugar difícil de ganhar, estão jogando em casa, com moral, então a gente veio bem preparado. Não deixamos a energia baixar. Eles estão de parabéns, melhorando a cada jogo e ainda vão dar muito trabalho, com certeza", sustenta.

A base para a vitória dupla sob o aspecto físico e a manutenção na tabela se dão pela constância procurada pela equipe do Sudeste. "Estamos chegando ao fim do primeiro turno e a gente quer evoluir a cada jogo. O NBB é um campeonato longo. Precisamos estar firmes e consistentes. A gente está buscando isso", indica o atleta do Tigre.

Davi Rossetto concorda com a constante melhora, sobretudo contra equipes da parte alta da tabela. "Acho que a nossa equipe vem fazendo uma construção legal. Por mais que a gente tenha batido na trave em alguns jogos, é um campeonato longo e a gente precisa valorizar o que estamos fazendo. Uma coisa é oscilar e outra é o que a gente tá fazendo, de conseguir jogar de igual para igual, defender forte e criar uma identidade. Faltando 20 jogos para acabar a primeira fase, continuando assim, a gente para de bater na trave. Depois de 14 NBB's, eu falo com toda segurança: se a gente continuar construindo esse passo a passo, lá na frente vamos estar sólidos", acredita o camisa 5.

O experiente atleta analisa os rivais da rodada dupla em meio à evolução da equipe em quadra e ao fator casa. "É no que precisamos nos apegar nesse momento. A gente é muito forte jogando em casa, na quadra em que a gente está acostumado a treinar, na nossa rotina. Isso influencia. São equipes completamente diferentes: o Paulistano defende muito mais forte e acredito que a equipe do São Paulo seja mais talentosa. Não podemos variar de um jogo para o outro. Temos que fazer o mesmo na quinta-feira (21/12), para, quem sabe, sair com a vitória", espera.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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