O zagueiro Felipe Melo, do Fluminense, abriu o jogo sobre casos de estupro dos ex-jogadores da Seleção Brasileira, Robinho e Daniel Alves. Em entrevista publicada nesta quarta (27) pelo “Ge”, o experiente atleta se posicionou sobre o polêmico assunto.
Ele acredita que não há obrigação de se falar sobre o tema. De toda forma, Melo pediu respeito a todos os seres humanos.
“Olha, primeiro de tudo ninguém é obrigado a falar sobre o tema. “Ah, mas por que que fulano não fala?” Não fala porque não é obrigado a falar, mas eu não vejo problema nenhum. Eu tenho uma filha de 15 anos de idade. Se tivesse feito com a minha filha, acho que eu não estaria aqui para dar essa entrevista para vocês. Acho que o ser humano tem que ser respeitado, a mulher tem que ser respeitada, o homem tem que ser respeitado”, avaliou o jogador de 40 anos.
LEIA MAIS: Fluminense parabeniza Fernando Diniz, que completa 50 anos: ‘O maior dos técnicos’
Para Felipe Melo, as condenações dos ex-jogadores da Seleção devem servir como exemplo. Mas exalta que, após cumpridas as penas, os atletas merecem ser ressocializados na sociedade.
“(A notícia) vem como uma bomba, mas tem que pagar pelo que fez. Se for condenado, tem que pagar pelo que fez. E que sirva de lição para os outros não fazerem. Isso é muito sério, não tem que passar a mão na cabeça de ninguém, sem passar. Tem que pagar, e depois que pagar a pena e sair, tem que ser ressocializado”, disse.
Pouco tempo de pena
Por fim, Felipe avaliou a condenação de Daniel Alves como insuficiente. Para ele, é ‘pouco’. Lembrando que o ex-lateral do Barcelona ficou 14 meses na prisão na Espanha, mas vai responder em liberdade provisória após pagamento de multa de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões). A sentença atual do jogador é de quatro anos e meio.
“Futebol não vai dar para eles jogarem mais, mas que seja… Não podem fechar as portas para eles também, porque pagaram. Tem que pagar. Acho, inclusive, pouco (tempo de pena). Daniel Alves já saiu da cadeia. Acho pouco para quem fez isso com uma mulher. Imagina o sentimento da menina, que é filha, dos pais. A partir do momento que o cara é condenado, acabou. Não tem como passar a mão na cabeça de ninguém. Nós temos sim o dever de educar os nossos filhos, e isso também é muita questão de educação. Educar os nossos filhos, nossas filhas para que isso não aconteça”, finalizou.
Siga o Jogada10 nas redes sociais: Twitter, Instagram e Facebook.
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br