A goleada do Palmeiras por 5 a 0 diante do Cuiabá, neste sábado (24), em Campinas, pela 24° rodada do Campeonato Brasileiro, serviu como uma resposta. Eliminado para o Flamengo na Copa do Brasil e para o Botafogo na Libertadores, o Verdão precisava mostrar ao seu torcedor que ainda pode brigar pelo título brasileiro neste ano. Contudo, não serviu para acalmar os ânimos de Abel Ferreira.
Após a partida, o técnico desabafou com os jornalistas e criticou muito as ”manchetes” que saíram após as eliminações do Verdão. Além disso, ressaltou, mais de uma vez, que deixaria o clube se ele fosse o problema ou não ganhasse títulos.
“Vocês noticiam “torcedores”, mas que torcedores? Por que não falam dos torcedores que levantaram e aplaudiram? Quantos de vocês escreveram que o Palmeiras perdeu e foi aplaudido. Tem as coisas que eu vejo e outras que vocês querem ver e criar. Eu não prometo título a ninguém. Quando o Abel começar a ser problema eu deixarei de ser o problema no dia seguinte”, disse Abel, que prosseguiu.
“2020 quem foi o grande rival do Palmeiras? Santos. 2021? Flamengo. 2022? Atlético-MG. E o Palmeiras lá. 2023? Botafogo. Se não for para ganhar não estou aqui para nada. Vou repetir o que falei para os meus jogadores: “se eu passar um ano sem título, eu saio”. E seria demais ser demitido por uma mulher, porque nunca fui. O sorteio pode ser bom e ruim. Calhou de no mesmo mês cair dois grandes, em um mês complicado. Nós vamos continuar lá, lutando. Nunca prometi título, dando o melhor de mim. Agradeço muito o carinho do torcedor comigo”, completou o treinador.
Desabafo de Abel não é novidade
Contudo, a forma ”explosiva” de Abel falar após uma eliminação, já não é surpresa para o palmeirense. Afinal, o treinador costuma reclamar diversas vezes do calendário, dos problemas no elenco, sequências complicadas. Mas o fato é que o português usa suas reclamações como forma de combustível.
Aliás, Abel já usou a estratégia do ”contra tudo e contra todos” mais de uma vez. As vezes dá certo, as vezes dá errado. Mas o certo é que o treinador costuma usar desta artimanha para unir o grupo. E a estratégia pode ser utilizada novamente para conquistar um tricampeonato brasileiro.
“Não é diferente de uma família, tem que se resolver problemas. Não estamos na nossa máxima, e isso acontece com jogador e treinador. Além do físico e do emocional, tem as lesões e ainda temos que louvar e entender o que valorizar e o que deixar para trás”, finalizou Abel.
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