Reconhecimento

Está aberta a votação popular do Prêmio Educador Nota 10

Concorrem 10 educadores vencedores do Prêmio Educador Nota 10. Um deles é o professor do Distrito Federal André Luís Miranda; Para votar, basta acessar o site da premiação

Mateus Salomão*
postado em 16/10/2020 14:37 / atualizado em 16/10/2020 14:55
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

Começou a votação popular #EsseProjetoé10 em que concorrem os dez professores que venceram o Prêmio Educador Nota 10. Para votar, basta acessar o site da premiação onde é possível conhecer os candidatos e os projetos que concorrem ao prêmio. Um dos dez nomes selecionados nesta edição é do professor André Luís Miranda de Barcellos Coelho, que leciona no SEB Dínatos no DF e é professor licenciado da Secretaria de Educação. Ele foi escolhido pela inovação com o trabalho Óptica com Ciência.


O resultado da escolha popular será divulgado em premiação que será transmitida pela internet e no canal Futura às 15h em 27 de outubro. Também nesse dia, será anunciado o ganhador do título de Educador do ano, para isso, os dez projetos selecionados serão avaliados pela Academia de Jurados, que é composta por cinco especialistas em Educação e um nome será escolhido como vencedor.


O prêmio Educador Nota 10 é uma iniciativa da Fundação Victor Civita e ocorre em parceria com a Abril, Globo e Fundação Roberto Marinho e busca reconhecer o trabalho de profissionais da educação básica tanto pública quanto privada. Podem participar professores e gestores escolares. O prêmio é dividido em três etapas: são selecionados 50 projetos; em seguida, dez vencedores são anunciados; e, por fim, é escolhido o Educador do Ano.


Representante de Brasília


Entre as quase 4 mil inscrições realizadas nesta edição do prêmio, o professor André Luís Miranda de Barcellos Coelho foi selecionado. O projeto que desenvolveu com os alunos do 3° ano do ensino médio buscava levar a investigação científica para dentro da sala de aula. Nos encontros, havia a divisão em três momentos: investigação; análise e tratamento de dados; e debate e sistematização. Já tendo passado por duas fases da premiação, o professor conquistou uma vaga entre os 10 selecionados, além de ganhar um vale presente de R$ 15 mil.


O método desenvolvido por André Luís alinhava conteúdos on-line com encontros presenciais. Uma espécie de ensino híbrido, antes mesmo da pandemia. “Eu levei para o ambiente on-line aqueles aulas mais diretivas, ou seja, mais tradicionais e pouco dialógicas. Faço isso para liberar espaço presencial e fazer atividades mais significativas como as investigações. O nosso tempo presencial é muito valioso dentro dessa perspectiva”, afirma.


André Luís conta que se apaixonou gradualmente pela profissão, pois a carreira de professor não era sua prioridade, uma vez que sonhava em ser músico. Somente depois de formado na graduação em física, já no mestrado, que André decidiu por fazer carreira na docência, por pensar na forma como poderia contribuir para a Educação brasileira. O objetivo de ir além da reprodução de padrões já utilizados foi o que guiou André Luís no desenvolvimento do projeto de educação científica integral.


O professor destaca que, mesmo tendo levado as aulas mais diretivas para o ambiente on-line, o resultado das provas padronizadas foram os mesmos. “Esse para mim foi um dos resultados mais impressionantes do projeto, porque mostra que o trabalho que os professores juram que precisam fazer presencialmente (viu-se que) o aluno consegue fazer sozinho ou com um apoio muito restrito”, pondera. No entanto, ele destaca que as aulas on-line podem trazer barreiras para uma formação cidadã e a construção de pensamento crítico.


Nesta edição do prêmio, só foram aceitos projetos desenvolvidos em 2019, devido à disseminação do novo coronavírus que fechou as escolas. Com o professor brasiliense, o prejuízo não foi diferente: o trabalho que vinha sendo desenvolvido teve que ser interrompido. “O ensino remoto emergencial que a gente está hoje submetido, simplesmente tira toda a possibilidade ou limita ao ponto que impossibilita realizar o meu sonho de fazer esse ensino de ciências integral. Então, é uma tragédia, a gente está fazendo o que pode”, destaca. “Estamos fazendo o melhor trabalho possível (durante o ensino remoto), o problema é que esse trabalho possível está muito longe do que eu desejo”


Confira o vídeo de apresentação do projeto



 

Confira a lista completa dos indicados 

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