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FGV lança guia para minimizar impactos da pandemia na educação

Publicação traz recomendações práticas para auxiliar na redução dos efeitos da pandemia na aprendizagem. Dicas abrangem formatos presencial, híbrido e remoto

Vitórian Tito*
postado em 04/02/2021 16:47
 (crédito: Annie Spratt / Unsplah)
(crédito: Annie Spratt / Unsplah)

O Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (Ceipe/FGV) lançou, nesta quinta-feira (4/2), um guia para auxiliar na redução dos impactos da pandemia na aprendizagem escolar. As orientações buscam incentivar a troca de experiências entre gestores educacionais.

O guia Dimensões do diálogo: como minimizar os impactos da pandemia de covid-19 na aprendizagem escolar? reúne recomendações e dicas práticas para o planejamento das atividades das redes de ensino de todo o país.

O estudo, lançado em transmissão ao vivo pela plataforma Zoom e pelo canal no YouTube da FGV, foi promovido pelo Ceipe em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a Fundação Lemann e o Instituto Natura.

 O lançamento do estudo foi transmitido ao vivo pela plataforma Zoom Descrição:
O lançamento do estudo foi transmitido ao vivo pela plataforma Zoom Descrição: (foto: YouTube / Reprodução)

 

 

O documento propõe alternativas para a educação em 2021

Segundo Luiz Miguel Martins Garcia, presidente da Undime, o estudo é resultado de um trabalho de diálogo para trazer esperança e alternativas. “Nós estamos em um momento de grande união em torno da educação como estratégia e como solução para aquilo que a gente tem de agora em diante, que é o processo de retomada segura das aulas”, diz.

Claudia Costin, diretora do Ceipe/FGV, explica que as recomendações são importantes para complementar a educação desenvolvida em 2020 e nortear as atividades em 2021.

De acordo com a diretora, o guia foi escrito pensando em quem vai precisar reorganizar o processo de dar aulas nas suas redes. “Não basta um protocolo sanitário na volta às aulas, precisamos de protocolos pedagógicos. E é sobre isso que o protocolo trata”, observa.

A publicação é assinada pelos consultores técnicos do Ceipe/FGV Letícia Cortes e Saulo Albuquerque. Letícia redatora do documento, conta que o desafio estratégico para desenvolver o texto foi pensar nas diversas realidades da rede de ensino. Nesse sentido, três dimensões específicas foram abordadas para contribuir positivamente no processo de aprendizagem: calendário escolar, registro de atividades e sistema de avaliação.

As propostas incluem a reorganização do calendário escolar e a formulação de estratégias de recuperação dos estudos ao longo de 2021. O documento cita a manutenção do trabalho remoto para ampliar o tempo de aula, flexibilidade e ampliação dos instrumentos de avaliação e oferta de material pedagógico complementar.

Os pontos abordados na publicação foram construídos com  base em diálogo com representantes de conselhos de educação, redes de ensino e especialistas a partir de experiências positivas identificadas em municípios do país ao longo do ano letivo de 2020. O guia engloba todos os formatos de ensino: híbrido, presencial e remoto.

O seminário contou ainda com a participação do diretor de políticas educacionais da Fundação Lemann, Daniel de Bonis; da gerente de Articulação do Instituto Natura, Maria Slemenson; e da coordenadora do Ceipe, Patrícia Bizotto; e da colaboradora Izabella Cavalcante Martins.

 

Confira recomendações do guia do Ceipe/FGV

  • Diagnosticar lacunas de aprendizagem
    O diagnóstico de lacunas em conteúdos permite auxiliar o processo de aprendizagem, corrigir falhas e estabelecer uma base sólida na educação dos estudantes. Para possibilitar intervenções e planejamentos pedagógicos, os resultados podem ser colhidos por avaliação das habilidades desenvolvidas em 2020 e anos anteriores.

 

  • Atividades a distância
    O registro de atividades pedagógicas não presenciais auxilia no cumprimento da carga horária mínima prevista para 2021. Além disso, permite maior planejamento para desenvolver os objetivos de aprendizagem previstos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e currículos próprios. Dessa forma, o documento propõe a regulamentação dos registros de atividades remotas e a utilização de diário de classe eletrônico como possibilidade de registro.

 

  • Ressignificação do processo avaliativo
    É consenso entre especialistas da educação que os alunos não devem ser penalizados em sua trajetória escolar pelos prejuízos acarretados pela pandemia. Para isso, o texto sugere diagnosticar as lacunas, reclassificar a aprendizagem e associar o engajamento nas aulas e atividades à frequência escolar.

 

Confira abaixo a transmissão do evento:

 

*Estagiária sob a supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa

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