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Cartão Alimentação Escolar

Secretaria de Educação nega problemas com o Cartão Material Escolar

Os créditos começaram a ser pagos em 5 de março e os valores podem ser usados nas papelarias cadastradas no programa em todo o Distrito Federal

A Secretaria de Estado de Educação (SEEDF) negou nesta terça-feira (9/3) que o pagamento do Cartão Material Escolar (CME) esteja apresentando problemas. Os créditos do cartão começaram a ser pagos pela secretaria na última sexta-feira (5/3). No entanto, algumas famílias estão tendo dificuldade para receber o auxílio.

As aulas iniciaram na segunda-feira (8/3) em formato remoto por conta da pandemia de covid-19. Mesmo assim, os alunos precisam de materiais para assistir às aulas de casa.

Em nota, a SEEDF negou que haja problema na distribuição do valor. “Não está havendo atraso algum. Todos os anos, o pagamento é feito em três lotes”, diz trecho da nota.

A secretaria ainda lembrou que algumas famílias não receberam o benefício. “Pais que não confirmaram a matrícula dos filhos na rede pública de ensino ou que saíram do programa Bolsa Família e também nas situações onde os dados estão desatualizados não receberam o benefício.”

E completou “Questões dessa natureza ou dúvidas podem ser esclarecidas por meio da Ouvidoria”. Para acessar a ouvidoria clique aqui ou ligue 162.

Pagamento é feito em três lotes

O primeiro lote do auxílio é destinado às famílias que já recebem ajuda do programa Bolsa Família, em 2021. Para quem está na educação infantil e no ensino fundamental, o auxílio é de R$ 320. Estudantes do ensino médio recebem R$ 240.

O segundo lote tem previsão para até o fim de março e é para novos estudantes que se matricularem no prazo regular. Essa etapa foi de 2 a 11 de fevereiro.


A terceira fase vai contemplar os novos estudantes que efetivaram matrícula no período de vagas remanescentes, que foi de 2 a 4 de março, e tem previsão para abril. Em ambos os casos, o BRB irá confeccionar os cartões e a Secretaria de Educação vai divulgar, posteriormente, a forma de entrega e as datas de pagamento.


Neste ano, permanece incluído o chip para dispositivo móvel, que viabiliza a instalação do aplicativo Escola em Casa DF, necessário para acesso à plataforma Google Sala Aula com os pacotes de dados pagos pela Secretaria de Educação.

Ao contrário do que diz a secretaria, família não recebeu todo o auxílio

Maria dos Milagres, 45 anos, tem cinco filhos matriculados na rede pública. Ela está desempregada e é beneficiária do Bolsa Família. Um, de 17 anos, no ensino médio, e os outros quatro no ensino fundamental. Ela deveria ganhar R$ 1.520 reais com o auxílio, mas recebeu apenas R$ 1.200.

“E, no ano passado, foi a mesma coisa, recebi só uma parte do valor”, reclama. Maria lembra que precisa do valor cheio do cartão. “Com cinco filhos eu preciso de todo o dinheiro pra comprar o material. Sem o crédito, eu não consigo pagar nada pra eles”, afirma.

A família de Maria mora no Acampamento Tiradentes, em São Sebastião. Ela está desempregada e lembra que o período de aula é difícil em sua casa. “Não tem como ter internet para cinco pessoas assistirem as aulas aqui. Eles acabam precisando do material impresso”.

Confira nota na íntegra da SEEDF

“Não está havendo atraso algum. Todos os anos, o pagamento é feito em três lotes.

O primeiro é para estudantes que já eram da rede pública no ano anterior, têm o cartão físico e cujos pais ou responsáveis legais ainda fazem parte do Programa Bolsa Família, do governo Federal. O pagamento foi feito em 5 de março.

O segundo lote tem previsão para até o fim de março e é para novos estudantes que se matricularem no prazo regular (esta etapa foi de 2 a 11 de fevereiro).

A terceira fase vai contemplar os novos estudantes que efetivaram matrícula no período de vagas remanescentes (que foi de 2 a 4 de março) e tem previsão para abril. Em ambos os casos, o BRB irá confeccionar os cartões e a Secretaria de Educação vai divulgar, oportunamente, a forma de entrega e as datas de pagamento.

Pais que não confirmaram a matrícula dos filhos na rede pública de ensino ou que saíram do programa Bolsa Família e também nas situações onde os dados estão desatualizados não receberam o benefício.

Questões dessa natureza ou dúvidas podem ser esclarecidas por meio da Ouvidoria. Contatos: canal telefônico162 / site: http://www.educacao.df.gov.br/category/ouvidoria/”

* Estagiário sob a supervisão da editora Ana Sá