PANDEMIA

Professor da rede pública morre vítima de covid-19 nesta terça-feira (14)

A equipe gestora e o grupo de professores estão consternados com a perda do colega, que era muito dedicado ao trabalho e tinha ótimo relacionamento com todos

EuEstudante
postado em 15/09/2021 21:50 / atualizado em 15/09/2021 21:50
 (crédito: Sinpro-DF/Divulgação)
(crédito: Sinpro-DF/Divulgação)

O professor Joseli Gomes de Farias, do Centro Educacional Stella dos Cherubins Guimarães Trois, em Planatina, morreu aos 53 anos, nesta terça-feira (14), de covid-19 no hospital de campanha do Gama. O fato ocorreu um mês após o retorno presencial dos profissionais da rede pública.

Segundo matéria do Sindicato dos Professores do Distrito Federal, a equipe gestora e o grupo de professores estão consternados com a perda do colega, que era muito dedicado ao trabalho e tinha ótimo relacionamento com todos. De outro lado, os professores dizem estar "preocupados e se sentindo desamparados, num momento em que a Secretaria de Educação (SEDF) descumpre o acordo feito com o Sinpro, e determina o retorno presencial imediato daqueles que não completaram seu ciclo de imunização".

“As perdas pedagógicas em relação ao ensino remoto, podemos recuperar. E a vida do nosso companheiro de jornada, podemos?”, questiona a professora Luciana Ribeiro, colega do professor vítima do novo coronavírus.

Testagem em massa é fundamental

De acordo com relatos do grupo, a ventilação das salas é inadequada. O prédio, no modelo novo, possui janelas de basculante, que abrem de forma limitada. A direção da escola solicitou, via SEI (sistema eletrônico de informações), à secretaria que fosse feita uma inspeção nas janelas, mas ainda não obteve a visita.

O grupo de professores relata que a ventilação das salas é inadequada, e que as janelas de basculante abrem de forma limitada. A direção da escola solicitou, via SEI (Sistema Eletrônico de Informações), à secretaria que fosse feita uma inspeção nas janelas, mas a visita ainda não foi feita.

A dificuldade de acesso aos testes é apontada pelos professores e professoras como um grande fator de risco. “Nosso salário está congelado há seis anos, muitos não podem pagar um plano de saúde ou o valor exorbitante que vem sendo cobrado para os exames de covid”, ressalta a professora Luciana. Uma consequência da não testagem é a circulação de pessoas contaminadas que estão assintomáticas ou pré-sintomáticas, e acabam transmitindo o vírus. Desde o início da pandemia, a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda enfaticamente que se promova a testagem em massa, como uma das mais importantes medidas de contenção do contágio.

Fonte: SINPRO-DF

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