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Olimpíada Brasileira de Astronomia atrai dezenas de estudantes

Projeto reúne alunos dos ensinos fundamental e médio e tem o objetivo de difundir o conhecimento astronômico

Eu Estudante
postado em 19/05/2022 19:13
Foguete sendo lançando pelos estudantes com orientação e supervisão dos professores -  (crédito: Divulgação Marista João Paulo II)
Foguete sendo lançando pelos estudantes com orientação e supervisão dos professores - (crédito: Divulgação Marista João Paulo II)

Mais de 100 estudantes do Colégio Marista João Paulo II aceitaram o desafio de participar da 25ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e da 16ª Mostra Brasileira de Foguetes. A iniciativa partiu da professora de ciências da natureza, Rosely Braz, na expectativa de ampliar e potencializar o interesse dos jovens pela astronomia e pela astronáutica, assim como por outras ciências. 

A Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), organiza os projetos anualmente nas escolas públicas e privadas, urbanas ou rurais, com o objetivo de difundir conhecimento astronômico correto e atual, em favor do ensino e da divulgação da astronomia no país.

Diferentemente da OBA, que é uma prova teórica, a mostra de foguetes é uma competição, que neste ano marca o retorno presencial. Ela será realizada, em fase única, nesta sexta-feira (20). A OBA está divida em duas etapas, escrita e prática.

A prova escrita será realizada nesta sexta, na própria escola. Já a prática, que consiste no lançamento dos foguetes, ocorreu na quinta-feira (19), na área externa da escola, entre o Colégio Militar e a delegacia de polícia. Os competidores optaram por participar apenas da avaliação escrita ou do lançamento de foguete, além das duas etapas.

A escola deverá informar os alcances dos foguetes e os nomes dos participantes previamente inscritos entre 21 e 31 de maio. Ao final, todos os participantes, incluindo professores e diretores, receberão um certificado. Os alunos que alcançarem os melhores resultados ganharão medalhas.

Em 25 anos, a OBA já superou a marca de 11 milhões de participantes. A cada ano são distribuídas cerca de 50 mil medalhas.

Modelo desenvolvido pelos alunos, antes do lançamento na competição
Modelo desenvolvido pelos alunos, antes do lançamento na competição (foto: Divulgação Marista João Paulo II)

Rosely Braz observa que a competição tem o intuito de despertar o interesse dos alunos para o universo da ciência. “Esse tipo de olimpíada desenvolve a curiosidade sobre astronomia. A procura dos alunos foi positiva. No total foram 120 inscritos. Acreditamos que essa participação será contínua, tendo em vista que estudantes de todas as séries podem participar ”, diz.

Devido a importância do tema, a professora acredita na possibilidade de haver mais competições e olimpíadas ligadas às ciências no país. “Precisamos de mais eventos como este em nível nacional. Além de estimular o ensino para diversas áreas da ciências, eles estimulam os jovens a desenvolver uma nova forma de pensar e enxergar o mundo”, afirma.

Digital jovem na ciência

A competidora Luiza Nodari Neves, 17 anos, que cursa o terceiro ano do ensino médio, destaca a presença feminina na atividade. “A quantidade de meninas interessadas é muito grande e isso é muito positivo, pois a presença masculina sempre predominou nessa área”, afirma.

Luiza revela que se interessou pela competição por incentivo da professora, que, segundo ela, tem o hábito de incentivar os estudantes a participarem de olimpíadas e projetos relacionados à ciência, sobretudo as meninas, em função do baixo índice de mulheres nas áreas de ciências exatas e biológicas.

Estudantes montam foguetes lançados na 25ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e na 16ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG)
Estudantes montam foguetes lançados na 25ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e na 16ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) (foto: Divulgação Marista João Paulo II)

Como a olimpíada reúne estudantes dos ensinos fundamental e médio, há o estímulo a interação entre idades diferentes. Luiza descreve essa troca como bastante positiva. “A gente observa que, desde cedo, os mais jovens estão despertando o interesse pela ciência. É muito legal ver que eles estão aplicando os conteúdos que aprenderam na escola,” diz a estudante, que vai participar das duas etapas da olimpíada.

  • Estudantes montam foguetes lançados na 25ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e na 16ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG)
    Estudantes montam foguetes lançados na 25ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e na 16ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) Foto: Divulgação Marista João Paulo II
  • Modelo desenvolvido pelos alunos, antes do lançamento na competição
    Modelo desenvolvido pelos alunos, antes do lançamento na competição Foto: Divulgação Marista João Paulo II
  • Estudantes montam foguetes lançados na 25ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e na 16ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG)
    Estudantes montam foguetes lançados na 25ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e na 16ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) Foto: Divulgação Marista João Paulo II
  • Modelo desenvolvido pelos alunos, antes do lançamento na competição
    Modelo desenvolvido pelos alunos, antes do lançamento na competição Foto: Divulgação/Marista João Paulo II
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