Movimento estudantil

Grêmios de escolas do DF criam união secundarista distrital

Ideia partiu de grêmios estudantis de escolas públicas e particulares do Plano Piloto. União será oficializada nesta sexta-feira (1/7)

Eu Estudante
postado em 28/06/2022 19:39 / atualizado em 08/07/2022 14:47
 (crédito: UDES)
(crédito: UDES)

Grêmios estudantis de escolas da rede pública e particular se uniram para criar a União Distrital dos Estudantes Secundaristas do Distrito Federal (Udes-DF). A criação da entidade no DF é inédita, uma vez que a região não possui união secundarista. Entre as escolas fundadoras estão o Centro Educacional Sigma Sul e o Centro de Ensino Médio Elefante Branco. A união será oficializada nesta sexta-feira (1), com a assinatura do ofício de fundação pelos presidentes dos grêmios estudantis.

A Udes-DF pretende fortalecer o movimento estudantil secundarista no DF, ao promover uma integração entre os alunos do sistema público-privado, além de incentivar a criação de grêmios estudantis em escolas que ainda não possuem esse tipo de organização. Outro objetivo da união, segundo o documento de fundação, é favorecer o intercâmbio artístico e cultural entre as entidades, por meio de projetos de cooperação e festivais.

Ainda de acordo com o ofício, a união reitera o princípio da neutralidade em relação a posicionamentos ideológicos ou partidários, e que, inicialmente, não se filiará à União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). Daniel Maroccolo, 17 anos, estudante e presidente do grêmio estudantil Anísio Teixeira, da escola Sigma Sul, afirma que essa decisão foi tomada para não afastar possíveis membros ou apoiadores da união. “Vamos estar sempre em contato e, futuramente, podemos discutir uma filiação, uma vez que a união esteja consolidada”, disse Maroccolo.

Daniel Maroccolo, estudante do Sigma Sul, defende a importância da criação para integrar o ensino público e privado
Daniel Maroccolo, estudante do Sigma Sul, defende a importância da criação para integrar o ensino público e privado (foto: Arquivo pessoal)

Para Daniel, a criação da união é algo inovador, que ajudará a classe estudantil a ter mais consciência de sua importância dentro da sociedade. “A união é essencial para que a classe tenha uma voz forte, que a represente e garanta o cumprimento dos seus direitos e lute pelo atendimento às suas necessidades”, defende. Ele considera que o movimento estudantil é ainda muito brando em Brasília, especialmente no ensino privado, e acredita que haverá aderência expressiva dos grêmios estudantis de Brasília. “Nossa intenção é, eventualmente, englobar todos os grêmios do DF. É um movimento de união de forças”, afirma.

Gabriely Santos, presidente do grêmio estudantil Honestino Guimarães, avalia que a nova união secundarista ajudará diretamente na comunicação entre os grêmios, que terão maior contato para compartilhar e juntar ideias. Ela afirma que o grêmio do CEMEB, em conjunto com os demais, farão de tudo para que a Udes tenha grande adesão de grêmios estudantis por todo o DF. “Nós vamos lutar para isso”, disse a estudante.

Entre as organizações fundadores estão o grêmio estudantil Aníso Teixeira (Sigma Asa Sul), grêmio estudantil Rosimar Barbosa (Sigma Asa Norte), grêmio Elite (Centro de Ensino Médio Setor Oeste), grêmio Logos (Leonardo DaVinci Asa Sul) e grêmio Estudantil Honestino Guimarães (Centro de Ensino Médio Elefante Branco).

A assessoria da Ubes informou ao Correio que não recebeu nenhuma ata registrada em cartório para a criação da entidade. Disse, ainda, que haverá uma reunião nesta quinta-feira (29) para que a criação da Udes seja discutida.

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