O Colégio Marista João Paulo II iniciou o segundo semestre com intensificação de projeto que visa refletir sobre o papel das famílias e da escola no desenvolvimento das habilidades socioemocionais. A preocupação surgiu, especialmente, no período pós-pandemia, uma vez que os alunos desenvolveram problemas de concentração e de saúde mental no período.
A escola, que já contava com atividades de apoio à saúde mental dos alunos no plano curricular, decidiu intensificar o projeto neste semestre. Para a vice-diretora educacional Luciana Winck, é importante favorecer o desenvolvimento de habilidades que levam estudantes a administrar momentos de pressão, perdas e insucessos a partir do reconhecimento de suas forças e do enfrentamento às situações de estresse e ansiedade.
O projeto conta com atividades voltadas a educadores, estudantes e familiares que buscam trabalhar o foco e a atenção plena, como meditação, rodas de conversa e palestras. Além disso, o colégio distribui material de apoio para pais e educadores. “As habilidades socioemocionais são fator preditivo para evitar problemas de saúde mental. É preciso olhar para o interior e para o outro”, diz ela.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente em julho o número de adolescentes entre 13 e 15 anos que afirmam não terem amigos cresceu no Distrito Federal. Segundo a pesquisa, o problema atinge 3,2% dos estudantes das escolas públicas e particulares do país. A capital, no entanto, superou a média nacional: em Brasília, entre 2012 e 2019, o índice passou de 3,2% para 4,4%.
Na próxima quarta-feira (3), a instituição promove, às 19h, palestra com o tema "Valorização da vida e aspectos de prevenção à saúde mental" voltada a estudantes, familiares e educadores do ensino médio. O convidado é o fundador das ONGs Salve a Si e Casa Maria de Magdala, José Henrique França Campos.