Volta às aulas

Secretaria de Educação garante que escolas estão preparadas para começar o ano letivo

Pasta não informou número de escolas reformadas. Algumas melhorias são feitas pelas próprias unidades com o dinheiro do PDAF. Veja como ficou o CEF 17 ficou para receber os alunos nesta segunda-feira

Nathalia Samento*
postado em 13/02/2023 05:56 / atualizado em 13/02/2023 06:00
 (crédito: Andréia ALves)
(crédito: Andréia ALves)

Aproximadamente 475 mil estudantes matriculados em 822 escolas da rede pública de ensino do DF voltam às aulas nesta segunda-feira (13). De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (SEEDF), todas as unidades estão preparadas para receber os estudantes, embora não tenha condições de contabilizar quantas passaram por reformas, já que algumas melhorias são feitas pelas próprias unidades, com recursos do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF), como ocorreu no Centro de Ensino Fundamental 17 (CEF 17), em Taguatinga, que oferece salas com ar-condicionado e salas de aula completamente remodeladas.

Atualmente, a Secretaria de Educação do DF tem 26 grandes obras em andamento, como a construção, reforma e reconstrução de escolas, com previsão de término em 2023 e 2024. Trata-se de um investimento de mais de R$ 183 milhões com capacidade para 19.073 mil estudantes.

O período de reformas institucionais no CEF 17, por exemplo, se iniciou assim que os alunos saíram de férias. Com mais de 20 operários para a reparação, a escola dos sonhos começou as obras em 4 de janeiro. Ar condicionado, granito e pintura nos quatro cantos da instituição fizeram parte da readaptação para recepcionar alunos, professores e demais servidores. As reformas foram planejadas desde o fim do segundo semestre do ano passado para serem executadas em 4 de janeiro e o dinheiro foi garantido por meio de verba parlamentar, SEE e Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (PDAF).

De acordo com a diretora Andréia Alves, mais de R$ 60 mil foram gastos somente no processo de instalação de ar condicionado em todas as 17 salas de aula. A medida foi realizada com o objetivo de amenizar a sensação térmica de 42 graus que emanava das paredes. A diretora ressalta que a iniciativa foi a solução ideal para resolver um problema de aquecimento antigo que prejudicava o processo de aprendizagem.

A diretora lembra que em 2022 houve o aporte de R$ 150 mil da SEE para instalação de mantas térmicas, mas a estratégia reduziu em apenas 20% a sensação térmica no ambiente e a temperatura elevada continuou a refletir diretamente na saúde e no desempenho dos alunos.

“Os estudantes passavam mal, principalmente os matriculados no período da tarde. Eles sempre se queixavam de mal estar e alguns alunos chegaram até a desmaiar de tanto calor. Agora, essa realidade árdua irá mudar. Estamos esperançosos que a aprendizagem aumente ainda mais”, disse Andréia.

Pensando nas restaurações futuras, a diretora, que está à frente daquela unidade há mais de 11 anos, projeta, agora, a construção de um refeitório. Segundo ela, os estudantes não contam com um local digno para as refeições. “Na instituição, lanchar com dignidade é uma realidade muito distante do nosso dia a dia. Na hora do intervalo, infelizmente, os estudantes comem em pé ou sentados no chão”, ressalta.

Sonho ou realidade?

  • . Andréia Alves/Divulgação
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  • . Andréia Alves/Divulgação
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Conectividade em sala de aula

Já para a comunidade escolar do Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia (CEM 02), as reformas na rede elétrica, principal preocupação do diretor Eliel de Aquino, serão executadas somente a partir de março. Ele afirma que a escola não passou por reforma ou manutenção para receber os estudantes adequadamente neste início de ano letivo.

“Com mais de 50 anos de existência, a escola nunca teve reforma nas instalações elétricas. No entanto, a unidade passou por várias modificações tecnológicas, como a implementação de projetor, computador, no break e caixas de som nas salas de aula”, disse Eliel, completando que o sistema elétrico antigo oscila frequentemente, prejudicando o funcionamento dos equipamentos.

 

Além da restauração da rede elétrica, a instituição também anseia pela construção de uma quadra poliesportiva para os estudantes. "Não temos nossa própria quadra, os estudantes praticam atividades físicas na que fica aberta à comunidade", diz o dirigente da instituição desde 2020.

Segundo ele, durante a realização dos jogos interclasse — semana de atividades esportivas realizadas entre turmas —, é necessário acionar a Polícia Militar da região para garantir a segurança dos estudantes na quadra pública. “Solicitamos que a PM nos auxiliasse passando pela quadra hora ou outra para que os jogos ocorressem”, conta Aquino.

Colaborou Patrick Selvatti 

*Estagiária sob supervisão de Ana Sá

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