Enem

MEC anuncia mudanças no Enem, que começam a valer a partir de 2024

Provas físicas serão mantidas até que seja garantido o acesso tecnológico a todos os participantes

Mariana Albuquerque*
postado em 17/03/2022 15:31 / atualizado em 17/03/2022 17:27
 (crédito:  Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
(crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo, apresentou nesta quinta-feira (17) as mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em decorrência das novas diretrizes do Novo Ensino Médio, que começará a valer a partir do final de 2024. A abertura do evento contou com a presença do ministro Milton Ribeiro.  

O novo formato, deverá prevalecer principalmente para alunos que hoje ingressam no 1º ano do ensino médio, vai ser modificado para atender às novas diretrizes do MEC para o ensino médio. Entre as alterações está prevista a possibilidade de questões abertas nas provas objetivas, ao invés do formato múltipla escolha, aplicado hoje. 


As provas continuarão a ser realizadas em dois dias, sendo dividido respectivamente em primeiro e segundo instrumento onde, o mesmo será aplicado para todos os candidatos. Sendo que em comum terão as provas de redação, língua portuguesa e matemática.

Ainda pelas novas regras, a avaliação do domínio da Língua Inglesa ocorrerá de forma integrada com a área de linguagens e suas tecnologias e o instrumento incluirá avaliação da produção de textos em língua portuguesa, inclusive na forma de redação.

O segundo instrumento deverá abordar os itinerários formativos do ensino médio, observando os eixos estruturantes dos itinerários (investigação científica, processos criativos, mediação e intervenção sociocultural, empreendedorismo) e o aprofundamento das competências e habilidades da BNCC.

As matrizes de referência do instrumento deverão contemplar as articulações entre os eixos estruturantes e as áreas do conhecimento de forma integrada, a partir do estabelecido na Portaria MEC nº 1.432/2018. Esse instrumento será organizado em 4 blocos, cada um deles correspondendo a uma combinação binária entre áreas de conhecimento, e os participantes deverão escolher apenas um deles de acordo com o curso escolhido.

Neste é, os candidatos poderão optar por um outro bloco com duas áreas do conhecimento, a partir de seu curso técnico e levando em consideração qual será a graduação desejada. Sendo o 1 de linguagens e ciências humanas; o 2 matemática e ciências da natureza; o 3 matemática e ciências humanas; e o 4 ciências da natureza e ciências humanas.

O novo Enem promoverá ainda a transição gradual para realização de provas digitais e avançará na utilização de novas tecnologias, como plataformas adaptativas, novos processos de correção automatizada que acelerem a divulgação dos resultados com maior precisão e inteligência artificial para correção de itens abertos e da redação. As provas físicas serão mantidas até que seja garantido o acesso tecnológico a todos os participantes.

 

Para o secretário de Educação Básica, Mauro Rabelo, o Enem precisa acompanhar a evolução da educação brasileira e também a reforma do ensino médio. “Pensar no novo formato do Enem, aliado às alterações trazidas pelos normativos concernentes ao ensino médio, tem sido o atual desafio, especialmente no que se refere aos Itinerários formativos. Os Itinerários constituem a parte flexível do currículo do ensino médio, a partir dos quais os estudantes poderão, de forma orientada, escolher, a cada período letivo, um conjunto de unidades curriculares conforme seus interesses, suas necessidades pedagógicas, suas aptidões e seus objetivos, para a ampliação das aprendizagens nas áreas do conhecimento e na educação profissional e tecnológica”, diz o secretário.

Segundo ele, o novo Enem materializa as diretrizes legais da reforma do ensino médio, já em vigor, que busca atender às necessidades e expectativas dos estudantes, por meio da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e uma formação específica, composta pelos itinerários formativos, que possibilitam aos estudantes escolherem entre áreas do conhecimento.

Para garantir previsibilidade, transparência e o contínuo aperfeiçoamento do Exame, o MEC criará um Comitê de Governança do Enem, sob responsabilidade do Inep, cujas atribuições compreendem, entre outras, a aprovação das matrizes dos instrumentos do exame e o acompanhamento das atividades a serem desenvolvidas para a aplicação do novo Enem.

Assista a coletiva completa: youtu.be/x_RXUchwo1Y 

 

*Estagiária sob supervisão de Jáder Rezende

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