
A prova de ciências humanas, sobretudo, no campo da geografia, é muito focada nos elementos que transformaram — e transformam — a dinâmica das relações entre a sociedade e o espaço. "O mundo do trabalho, o impacto das tecnologias, a constituição do meio urbano, a 'dança' das fronteiras com seus mais diversos conflitos contemporâneos e as características dos sistemas macroeconômicos, bem como o entendimento do Brasil na dinâmica econômica da globalização são temas que fazem parte do eixo transversal da avaliação", elenca o professor da disciplina no colégio Sigma Flávio Bueno.
Ele ressalta a importância de enfatizar o estudo na dinâmica do espaço físico e sua relação com a sustentabilidade. "Meio ambiente e seus encadeamentos políticos, sociais e econômicos estão entre as habilidades mais recorrentes da avaliação", salienta.
Faltando poucos dias para a prova, o professor destaca que os estudos nesta reta final deve ser focado em reforçar o conhecimento estruturado, ou seja, ter mais atenção aos temas que o estudante já é uma potência, fazendo os ajustes finos para evitar pequenos equívocos e o desespero por não ter profundidade em determinados eixos que podem comprometer o emocional às vésperas da avaliação.
Flávio explica que a geografia pode estar presente em outras provas, pois trabalha com conhecimentos diversos na área de linguagens, ciências da natureza e matemática, sendo essencial no desenvolvimento, inclusive, de repertório sociocultural para o estudante ficar próxima do tão sonhado 1.000 na redação.
"Ou seja, a geografia é sua grande aliada na prova. Então, nestes últimos dias, reforce seu repertório. Vale ressaltar que, em média, são entre 8 e 10 questões sobre economia e suas nuances e muitos assuntos que envolvem o debate sobre os problemas ambientais e sociais contemporâneos. Foca nisso!", aconselha.
Além do cursinho
O estudante Rodrigo Rafik, 17 anos, conta ser apaixonado por geografia por ser uma disciplina que abrange diversos aspectos do Brasil. "Geografia aborda nosso país em um contexto geral, como os biomas, os recursos minerais, a Amazônia, assim como o social, que engloba os fenômenos de migração, o êxodo rural, a urbanização e seus problemas. Por isso eu gosto muito", afirma o jovem.
Rafik conta que a preparação para a prova vai além do cursinho. "O Enem gosta muito dos fenômenos sociais do Brasil. Ele sempre está cobrando fenômenos que mostram consequências até hoje. Então é importante sempre estar informado, até como formação social mesmo, do nosso dia a dia, como cidadãos, que é algo que o Enem valoriza", pontua.
Outra estratégia usada pelo estudante é treinar com questões antigas. "Você vai descobrir padrões. Dá para você olhar o enunciado da questão e procurar certinho no texto o que você precisa achar, procurar palavras-chave dos conceitos", aconselha.
Além disso, Rodrigo lança mão de mapas mentais e pequenos resumos. "Eles funcionam bem porque sintetizam o conteúdo. São muitos conceitos que a gente precisa saber e você pode organizar de um jeito que consegue visualizá-lo todo. Isso facilita muito na compreensão e na associação dos conteúdos dessas frentes", analisa.
Atenção à estratégia
Por apresentar características bem próprias, o professor Flávio Bueno elenca algumas dicas para responder as questões de geografia:
1. Faça a leitura do enunciado antes do texto, tabela ou gráfico: assim, o foco da leitura será o objetivo pedido na questão, sendo muito importante valorizar as informações presentes em mapas, ilustrações, etc.
2. Muita atenção aos conceitos: a Geografia é uma ciência com muitos termos técnicos e estar com os conceitos na ponta da caneta pode garantir preciosos minutos na prova e um elevado número de acertos.
3. E falando em tempo, não se esqueçam: Enem é uma prova contra o relógio, e o segredo para uma excelente prova está em não errar as questões consideradas fáceis, fazendo uma boa gestão do tempo, principalmente no primeiro dia, quando temos as provas de humanas, linguagens e redação.