Por ser um exame que atende a todo o Brasil, o Enem apresenta uma certa coerência na cobrança de conteúdo. “De certa forma, é até repetitivo. Esse conteúdo vai muito por uma geografia em que há uma consonância no trabalho de todo o país. A agropecuária, o meio ambiente, a urbanização e a demografia são assuntos que sempre aparecem nessa prova — talvez até nessa ordem”, afirma o professor do Sigma Robson Lucas.
O docente acredita que um dos fatores mais relevantes em relação à prova do Enem é entender a necessidade de uma coerência no processo de acerto. “Existe uma coisa chamada TRI (teoria de resposta ao item) que tenta medir e detectar possíveis ou eventuais chutes na prova”, explica.
Na hora de se preparar para a prova, o professor afirma que o importante é sempre estudar certo. “Não é um estudo quantitativo, por longos períodos, que tomam todo o seu dia e mudam muito a sua rotina, mas tudo acertadamente”, pontua. Para ele, é necessário que os estudantes conheçam as últimas provas, repitam os exercícios, façam simulados e sempre busquem essa assertividade no estudo.
Robson acrescenta que, com relação a atualidades, o Enem não cobra temas do ano corrente. “Geralmente a gente indica que os alunos peguem os fatos dos últimos dois, três anos, para que ele possa estar inserido dentro de um contexto do que seria chamado a atualidade”, recomenda.
O estudante Lucas Alonso, 17 anos, conta que, para ficar ligado nas atualidades, acha importante ler os jornais, ficar antenado no que está acontecendo no mundo. Para se preparar para o exame, é adepto de fazer questões antigas e chuta os temas para a prova deste ano. “Eu acho que, nesta prova, a pandemia pode cair bastante. Foi uma questão que pegou muito e já tem um tempo que está rolando. O desmatamento da Amazônia, os povos indígenas e o garimpo ilegal também são temas com grande chance de serem abordados”, acredita.