Abaixo-assinado pede suspensão do ensino remoto na UnB

Eu
postado em 03/08/2020 20:19 / atualizado em 10/08/2020 19:19

O retorno às aulas da Universidade de Brasília (UnB) está programado para 17 de agosto de modo remoto e é motivo de abaixo-assinado on-line. A mobilização contra a volta às aulas foi criada e impulsionada pelo Movimento por uma Universidade Popular (MUP).

A meta é acumular 500 assinaturas 

Com mais de 250 assinaturas, a petição pública à Reitoria da UnB reivindica a retomada das aulas de forma remota. O documento pede a suspensão do retorno do semestre em agosto. 

"Não existem condições para garantir o acesso com qualidade a todos, e o foco da UnB em um momento de calamidade deve ser atuar no combate à pandemia!", diz a petição.

Além disso, o texto pede que haja maior participação dos estudantes da instituição em processos decisórios sobre a jornada acadêmica, e questiona os dados do levantamento social feito pela UnB.

"Ao ignorar completamente mais de 20 mil estudantes, a pesquisa não produziu informações satisfatórias acerca da saúde mental dos estudantes, e nem mesmo procurou identificar as especificidades dos cursos, visto que não foram apresentadas informações referentes às unidades acadêmicas", argumenta o movimento.

Acesse o abaixo-assinado. 

Argumentos da petição



Dentre os argumentos do abaixo-assinado, está a exclusão de alunos que não têm o acesso ao ensino remoto. Embora a universidade tenha publicado um edital sobre o fornecimento de equipamento aos estudantes, o texto critica essa atitude e aborda a falta de explicação quanto à inclusão de estudantes especiais no ensino remoto. 

"Como a UnB levaria os equipamentos aos estudante? Até o momento, parte da solução apresentada tem sido o empréstimo de computadores para os estudantes por meio de um edital. Como seria feito esse processo de entrega? A princípio os estudantes teriam que se expor ao risco de contrair o vírus ao se deslocar para os locais de retirada", denuncia o abaixo-assinado.

Além disso, o cenário atual no Brasil em função da pandemia também é um tópico na discussão. "Cada fatalidade implica em todo um grupo de pessoas enlutadas, e cada pessoa adoecida implica em uma cadeia de pessoas profundamente mobilizadas no trabalho de cuidado. Como é possível cobrar a volta à normalidade dos prazos e cobranças de um calendário acadêmico diante de um contexto tão anormal?", aponta o texto.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação