Segundo a Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta) o número de brasileiros que buscam formação no exterior aumentou 23% nos últimos anos. Conforme Alfredo Freitas, diretor de Educação e Tecnologia da universidade americana Ambra University, a implementação do ensino a distância (EaD) ocasionada pelo isolamento social irá crescer e se estabelecer mesmo após a pandemia. O EaD aplicado em intercâmbios além de diminuir os custos para os alunos, evita a perda de contato com o trabalho e com a família e também possibilita a adequação da metodologia ao aluno.
Antes da pandemia, segundo dados da Education Data Organization, a educação superior nos Estados Unidos estava se voltando para o regime remoto. Em 2017, a organização registrou que dos 19,7 milhões de alunos matriculados 6,6 milhões estudavam ao menos uma modalidade a distância. Em 2019, os investimentos em edtechs, tecnologias em educação, foi de US $18,66 bilhões e a perspectiva é de que alcance US $350 bi até 2025.
Freitas acredita que o endurecimento das regras para estudantes estrangeiros também seja um propulsor para que os interessados em obter diploma em outro país busquem o ensino a distância. O especialista aponta ainda que é importante utilizar esse momento atípico que estamos vivendo para conseguir formação no exterior. A Ambra University, onde Alfredo trabalha, há mais de uma década forma brasileiros em suas escolas e cursos legais com diplomas norte-americanos e aulas em português.