O programa escolar #Tamojunto 2.0, do Ministério da Saúde, foi analisado a respeito de sua eficácia na prevenção ao uso de drogas por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade de São Paulo (USP).
Os adolescentes que participaram das aulas do projeto tiveram 22% menos chances de iniciarem a utilização de álcool em relação ao grupo de alunos que não integraram o programa.
No total, 5.208 estudantes brasileiros fizeram parte da pesquisa. O estudo mostrou que alunos do 8º do ensino fundamental que participaram do #Tamojunto 2.0 têm as chances de iniciarem o uso de álcool reduzidas.
Segunda a pesquisa, não houve nenhuma comprovação a respeito da prevenção na iniciação de qualquer outra droga ou na predominância no uso de drogas no mês que antecedeu a averiguação do estudo.
A pesquisa foi financiada pelo Ministério da Saúde e foi coordenada pela equipe da professora Zila Sanchez, do departamento de medicina preventiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) - câmpus São Paulo, em colaboração com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade de São Paulo (USP). A publicação do estudo foi feita pela revista científica Addiction.
Inspirado em um programa europeu, o #Tamojunto 2.0 foi iniciado no Brasil em 2013 com parceria com o escritório brasileiro das Nações Unidas para Drogas e Crimes (UNODC). Em 2019, o programa sofreu alterações nos exercícios referentes a assuntos sobre álcool, regulação na formação dos professores e na faixa etária.
Com isso, o projeto foi experimentado mais uma vez por meio de um ensaio controlado aleatoriamente entre estudantes do 8º do ensino fundamental de 73 escolas públicas nas cidades de São Paulo (SP), Fortaleza e Eusébio (CE).