A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Governo de Minas Gerais e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) firmaram parceria para acelerar a produção de vacinas contra a covid-19 no estado.
Os imunizantes em desenvolvimento no Centro de Tecnologia em Vacinas (CT-Vacinas) da UFMG foram testados em modelos animais (camundongos). Agora, a equipe se prepara para lançar estudos clínicos, seguindo os parâmetros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para depois começar os testes em humanos.
A perspectiva é que, havendo investimentos, os testes em humanos poderão ser realizados ainda este ano. Diferentemente do Instituto Butantan ou da Biomanguinhos, que estão trazendo tecnologia de fora e produzindo no Brasil, o CT-Vacinas está construindo um processo do início ao fim.
O ministro Marcos Pontes disse que a vacina da UFMG, desenvolvida com tecnologia nacional, “é importantíssima para o estado [de Minas Gerais] e para o país e tem grande relevância para a ciência brasileira”.
Recursos
Na fase inicial do projeto e nas alternativas buscadas pelo CT-Vacinas, foram gastos R$ 5 milhões. Para as fases 1 e 2, de testes em animais, o valor dos investimentos oscila entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões. A etapa clínica, que envolve os testes em humanos, é bem mais cara, requerendo recursos em torno de R$ 100 milhões.
Outras vacinas em Minas Gerais
Além disso, em Minas Gerais, há pelo menos 10 vacinas sendo desenvolvida em três universidades federais: a de Minas Gerais (UFMG), a de Viçosa (UFV) e a de Juiz de Fora (UFJF).
Pelo menos duas das vacinas estão perto dos testes com humanos eprometem benefícios que extrapolam o enfrentamento da pandemia, como o domínio de tecnologias úteis no entendimento e no combate a doenças diversas.
*Com informações da Agência Brasil e do Estado de Minas