Pesquisa

Pesquisadores da UnB desenvolvem máscara que inativa o coronavírus

O equipamento é capaz de reter 95% das partículas. Camada intermediária é feita de fibra natural encontrada na casca de crustáceos, que inativa o vírus

EuEstudante
postado em 04/03/2021 16:08 / atualizado em 04/03/2021 16:12
 (crédito: Beatriz Ferraz / Secom UnB)
(crédito: Beatriz Ferraz / Secom UnB)

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram um respirador facial que barra e inativa o coronavírus. Os responsáveis são bolsistas da Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes) pelo Programa de Pós-Graduação em Sistemas Mecatrônicos.

De fabricação 100% nacional, a Vesta, como é chamada, é composta por três camadas de tecido capazes de reter até 95% de partículas sólidas, líquidas, oleosas e aerossóis. Ainda tem ação antimicrobiana e maior capacidade de filtrar o vírus.

A capacidade de retenção é similar a dos protetores faciais N95 utilizados pelas equipes médicas que tratam pacientes com a covid-19 em ambiente hospitalar.

O diferencial do equipamento é a camada intermediária feita a partir de um nanofilme que usa quitosana, fibra natural encontrada na casca de crustáceos. A engenheira eletrônica e integrante do projeto Angélica Kathariny de Oliveira Alves explica que a camada de quitosana “além de servir como uma barreira física para o vírus, também é uma barreira que, por interação química, tem a propriedade de inativar o vírus”.
O produto está em fase de testes clínicos com os profissionais de saúde do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília. Segundo Angélica, a expectativa é de que a máscara seja submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e receba o licenciamento tecnológico em breve.

“O respirador vem para ser uma maneira mais efetiva que os respiradores existentes, de minimizar a transmissibilidade do vírus no ambiente hospitalar, principalmente entre os profissionais de saúde”, finaliza a engenheira.

 

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