UnDF

Câmara Legislativa aprova a criação de nova universidade pública do DF

Após votação, foi autorizada a fundação da Universidade do Distrito Federal (UnDF), a segunda instituição de ensino superior pública da capital federal

Gabriel Bezerra*
postado em 25/06/2021 16:47
 (crédito: Secom/UnB)
(crédito: Secom/UnB)

Foi aprovada na noite desta quarta-feira (23), a criação da Universidade do Distrito Federal (UnDF), após uma votação realizada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A instituição será a segunda de ensino superior gratuita pública do DF ao lado da Universidade de Brasília (UnB) e a primeira em âmbito distrital a ser administrada pelo governo. O Projeto de Lei tem como próxima etapa, a sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB).


O texto proposto pelos deputados e Leandro Grass (Rede), Arlete Sampaio (PT) e Jorge Vianna (Podemos) inclui cerca de cinquenta emendas feita pelos parlamentares, além de outras sugestões populares recebidas durante as audiência públicas remotas realizadas pela Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC). A proposta teve catorze votos favoráveis e um voto contrário, feito pela deputada Júlia Lucy (NOVO).

A Universidade do DF (UnDF) oferecerá cursos com os seguintes campos de conhecimento: ciências humanas, cidadania e meio ambiente; gestão governamental de políticas públicas e de serviços; educação e magistério; letras, artes e línguas estrangeiras modernas; ciências da natureza e matemática; educação física e esportes; segurança pública e defesa social; engenharias e áreas tecnológicas de setores produtivos; arquitetura e urbanismo, e ciências da saúde.

Caso a proposta seja sancionada pelo governador distrital, a Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) passará a integrar a UnDF. Segundo o texto, será garantida a continuidade de todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão no momento da integração da instituição para a nova universidade.


Do total, 40% das vagas da instituição serão destinadas a alunos que concluíram a educação básica integralmente na rede pública. O sistema de cotas raciais, previsto na Lei Distrital nº 3788/2006, também será contemplado.


Segundo a deputada Arlete Sampaio (PT-DF), uma das autoras do texto votado na CLDF, foram feitas audiências anteriores com representantes estudantis das faculdades do Distrito Federal, como a Universidade de Brasília (UnB), o Instituto Federal de Brasília (IFB), a Escola Superior de Ciências de Saúde (ESCS) e a Fundação Universidade Aberta do Distrito Federal (FUNAB), e também nacionais, como a vice-presidência da União Nacional dos Estudantes (UNE) para discutir a criação da UnDF.


De acordo com a parlamentar, caberá ao governador Ibaneis Rocha (MDB), após a sanção do Projeto de Lei, nomear o reitor e vice-reitor pró-tempore da Universidade do Distrito Federal (UnDF) que ficarão responsáveis pela administração da universidade. Arlete afirma que a instituição de ensino superior já terá em seu início os cursos de medicina, enfermagem e segurança pública disponíveis para o ensino.


Para o deputado Leandro Grass (Rede), participante da autoria do projeto aprovado na Câmara, a criação da nova universidade servirá como forma de superar a falta de acesso às vagas de cursos superiores públicos em Brasília. “Aumentar a oferta do ensino superior é importante para a formação profissional dos jovens, para o desenvolvimento econômico e também para a qualidade educacional da nossa cidade”, afirma.


O parlamentar defende que o local das instalações da Universidade do Distrito Federal (UnDF) seja decidida de forma estratégica: “A universidade deve estar localizada em uma região que tenha ausência de ofertas de ensino superior”.

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