altas habilidades

Aos 16 anos, jovem com superdotação é aprovado na UnB

Vitor da Silva é bolsista PIC da Olimpíada de Matemática OBMEP nos últimos três anos, e o 1º colocado na Olimpíada de Matemática do DF (OMDF 2019)

Maryanna Aguiar*
postado em 20/07/2021 18:00 / atualizado em 20/07/2021 21:23
Jovem é aprovado na UnB aos 16 anos -  (crédito: Arquivo pessoal)
Jovem é aprovado na UnB aos 16 anos - (crédito: Arquivo pessoal)

Vitor da Silva, 16 anos, foi aprovado pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em uma faculdade enquanto estava no primeiro ano do ensino médio, por isso, não pôde assumir a vaga. Sua aprovação não ocorreu em 2019, mas foi adiada para 2020. O Enem foi realizado pelo estudante e ele passou para o curso de matemática no Instituto Federal de Brasília (IFB) e na Universidade de Brasília (UnB).


Por ser menor de idade, quando ele estava no primeiro ano do ensino médio, a família de Vitor precisou entrar com recursos na Justiça para que o jovem não perdesse sua vaga. Após contatar a psicóloga e a professora que acompanharam o jovem durante todo o processo, foi deferido o pedido para que a escola realizasse o Conselho de Classe para avaliação do aluno.

Vitor, agora, obteve a tão sonhada aprovação e concluiu oficialmente o ensino médio: “Tenho como objetivo concluir o curso (de matemática) e seguir para pesquisas científicas, com foco no mestrado e doutorado, principalmente na área de álgebra”, conta.

Altas habilidades

Destacado por sempre estar à frente de seus colegas de turma, o jovem Vitor da Silva Andrade, morador do Paranoá, foi diagnosticado com um laudo de altas habilidades/superdotação quando ainda tinha 11 anos. O diagnóstico veio de uma equipe especializada da Secretaria de Educação do Distrito Federal.

Segundo o laudo, Vitor tem capacidade cognitiva superior, acima da expectativa, para pessoas com mesmo nível escolar, e por este fato, o estudante superdotado integra, desde 2016, o programa de Atendimento Educacional Especializado ao Estudante com Altas Habilidades/Superdotação da SEDF.


"Sempre tive muita dificuldade de me concentrar na escola. Era muito enfadonho pois eu já sabia todo o conteúdo. Acabei tendo problemas de comportamento e no relacionamento com professores e colegas por conta disso, porém, na sala de habilidades eu encontrei um refúgio. Nela, eu fiz muitas olimpíadas, ganhei muitas medalhas e encontrei desafios e colegas”, lembra o estudante.

*Sob a supervisão da subeditora Ana Luisa Araujo

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação