Inovação

Após 10 anos com a mesmo exposição, Museu da UnB oferece exibição 3ATOS

Aberta ao público, mostra traz panorama narrativo da evolução do planeta Terra e como essas mudanças foram registradas

Nathalia Sarmento*
postado em 26/09/2022 20:39 / atualizado em 27/09/2022 13:33
"Peças inéditas, novos meteoritos que foram doados podem ser vistos agora e há 10 anos, não poderiam ser vistos. Além do novo patrimônio Arqueológico do Distrito Federal que não possuíamos na exposição" - (crédito: Nicole de Castro Oliveira )

Depois de 10 anos com a mesma exibição, o Museu de Geociências da Universidade de Brasília (MGEO), localizado no câmpus Darcy Ribeiro, abre nova mostra nesta segunda-feira (26). A exposição 3ATOS – Conhecendo a Terra é gratuita e aberta ao público. O projeto foi desenvolvido durante 4 anos, em parceria com o Instituto de Geociências da UnB, MUSEULAB e Associação dos Amigos do Museu de Geociências (AAMGEO).

Com um panorama narrativo contínuo, a exposição se embasa na evolução do planeta Terra e como essas mudanças foram registradas. Dividida em três partes, a mostra apresenta linguagem fácil, que possibilita ao visitante, seja ele especialista ou iniciante, um conhecimento mágico e compreensível dos fatos, desde os primórdios da formação do planeta até os dias de hoje. O projeto une informações científicas com peças temáticas em um só lugar.

“Trabalhamos com níveis de linguagem acessíveis e nossa intenção foi exatamente essa, que qualquer pessoa possa percorrer os três atos e entender a evolução do universo”, diz a coordenadora do MGEO, Paola Barbosa.

Segundo ela, as visitações podem ocorrer de forma auto mediada, quando o próprio visitante consegue se situar e entender a exposição por intermédio das leituras e legendas, e também por meio de visitas guiadas, quando o instrutor guia e explica os atos. As visitas guiadas devem ser previamente agendadas e ocorrem diariamente, de acordo com a disponibilidade dos instrutores.

  • Meteorito de Sanclerlândia, um dos 10 maiores meteoritos no Brasil, estará exposto nesse ato. Nicole de Castro Oliveira
  • Paola Barbosa, coordenadora do MGEO Dermeval Aparecido do Carmo
  • "Peças inéditas, novos meteoritos que foram doados podem ser vistos agora e há 10 anos, não poderiam ser vistos. Além do novo patrimônio Arqueológico do Distrito Federal que não possuíamos na exposição" Nicole de Castro Oliveira
  • meteorito de Sanclerlândia, um dos 10 maiores meteoritos no Brasil, estará exposto nesse ato. Nicole de Castro Oliveira
  • "Peças inéditas, novos meteoritos que foram doados podem ser vistos agora e há 10 anos, não poderiam ser vistos. Além do novo patrimônio Arqueológico do Distrito Federal que não possuíamos na exposição" Nicole de Castro Oliveira

O primeiro ato da mostra descreve a origem do universo, expondo meteoritos de vários lugares do mundo. O meteorito de Sanclerlândia, um dos 10 maiores encontrados no Brasil, estará exposto nesse ato. Essa parte mostra a chegada dos materiais extraterrestres no planeta terra e, em especial, os impactos e a interação das rochas com esses elementos. Além disso, é possível conferir a formação geoquímica dos impactitos, estruturas formadas em um evento de choque de corpos meteóricos.

O segundo ato insere o visitante na vida do planeta e demonstra a importância das correlações cronoestratigráficas no entendimento da evolução da Terra. Ou seja, toda a trajetória dos animais e das plantas, até chegar à atualidade.

Já o último ato mostra como o planeta está organizado em minerais, rochas e recursos minerais e como o ser humano interage com o ecossistema. É quando entra a parte da arqueologia.

A exposição é finalizada com a representação de uma caverna, segundo Paola Barbosa, pelo fato de ter sido o abrigo do ser humano durante milênios. Segundo ela, essas formações refletem a interação do homem com o planeta, e também a própria evolução do planeta, quando se refere à formação de estruturas.

“Cada pessoa tem uma percepção. Cada um é um universo. Nós esperamos que a exposição provoque a reflexão sobre o papel do ser humano no planeta e como o próprio planeta nos olha de volta” diz a coordenadora da mostra.

Ela afirma, ainda, que a grande mudança em relação a exposição antiga é o novo acervo recebido. “Peças inéditas, novos meteoritos que foram doados podem ser vistos agora, o que era impossível oferecer há 10 anos, assim como o novo patrimônio arqueológico do Distrito Federal", comemora.

Aos olhos de Pedro Monteiro, 21 anos, estudante de antropologia na UnB, a exposição atual inovou bastante, quando comparada a exibição antiga. “Está muito explicativo, com ilustrações dos continentes e sua disposição durante as eras, o que me agradou muito. As paredes estão ilustradas e super bonitas, explicando os períodos das camadas terrestres e dos animais e plantas. Gostei bastante da réplica de um dinossauro na exposição”, disse.

 

Estudante de antropologia, Pedro Monteiro, visitando o Museu.
Estudante de antropologia, Pedro Monteiro, visitando o Museu. (foto: Pedro Miranda )

*estagiária sob a supervisão de Jáder Rezende

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