Brasileiros que estudam no ensino superior no Canadá celebram a eliminação da medida que estabelece apenas 20h de trabalhos semanais. A partir de 15 de novembro, os imigrantes poderão trabalhar até 40h durante a semana. Dessa forma, ficou mais fácil imergir em uma nova cultura e também ingressar no mercado de trabalho. O governo canadense espera atrair mais de um milhão de estrangeiros nos próximos anos a fim de suprir a alta demanda por mão de obra. Os destinos mais procurados são Toronto, Vancouver, Vctoria e Calgary. A nova regra vale até 31 de dezembro de 2023, podendo ser prorrogada.
O Canadá tem garantido posição destaque na lista de oportunidades dos brasileiros quando o assunto é intercâmbio. O fator que contribui para que sonho de conhecer e viver em um novo país não acabe. Segundo o diretor da Seda, Helicon Alvares, predominam para esse fator a segurança, a empregabilidade e a qualidade de vida.
Formada em hotelaria e turismo e pós graduada em marketing estratégico na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Lilian Sulzbacher, 34 anos, conta que a medida restritiva de 20h semanais de trabalho a impossibilitou de encontrar um emprego que tivesse compatibilidade com sua vocação acadêmica.
Atualmente, ela trabalha como camareira no hotel Bonaventure, localizado no centro de Montreal. "Para mim é o ideal, apesar da rotina de trabalho ser cansativa", diz. "O fato do hotel ser classificado como cinco estrelas exige mais dos funcionários."
O ministro da Imigração, Refugiados e Cidadania, Sean Fraser, afirma que o aumento da carga horária proporcionará a muitos estudantes internacionais a oportunidade de obter uma valiosa experiência de trabalho no Canadá, aumentando a disponibilidade de trabalhadores para sustentar o crescimento do país. “Estima-se que cerca de 500 mil estudantes que já estão no país serão beneficiados com a medida”, afirma.
Sulzbacher observa que as restrições de horário da antiga medida limitavam o horizonte de oportunidades para os imigrantes, que atuam, sobretudo, no âmbito empresarial, como em finanças, marketing e recursos humanos, por serem empregos que exigem a carga horária em tempo integral.
Lilian conta que sempre idealizou conhecer algum país no exterior com o intuito de aprimorar a língua inglesa, na qual ela já possuía um desempenho intermediário. Ela e o marido, Michell Marim, 35, técnico em segurança do trabalho, que trabalha atualmente como coordenador de segurança do trabalho, decidiram se aventurar e conhecer o Canadá e agora não possuem mais expectativas para retornar para o Brasil.
“Pesquisamos e nos sentimos super interessados no Canadá, principalmente por ser qualificado como um país que acolhe muito bem os imigrantes”, afirma, reforçando que a qualidade de vida é o principal destaque daquele país. Ela destaca a diferença nos serviços públicos, além da segurança.
“Me sinto segura em sair durante a noite, mesmo sozinha. São diversas as diferenças que fizeram com que trocássemos Brasil pelo Canadá. Aqui temos uma vida mais tranquila”, afirma Lilian.
Fascínio pelo território canadense
Para a paulistana Vitoria Cataldi, 24, formada em engenharia química e atualmente fazendo MBA em marketing, o interesse de viver em outro país surgiu quando fez um intercâmbio de cerca um mês, em 2019, em Vancouver. “Quando voltei para o Brasil estava apaixonada pelo território canadense. Toda aquela linda paisagem me resplandece a vista, principalmente no verão”, conta.
Para conseguir vivenciar sua nova paixão, a Seda Intercâmbio foi seu principal alicerce. “Conheci a Seda por intermédio de um sorteio nas redes sociais. Foi quando me interessei muito pelos conteúdos sobre o Canadá. No final, não ganhei a viagem, mas conquistei experiências maravilhosas”, afirma.
A paulista ingressou no mercado de trabalho canadense em março deste ano, na área de turismo. Ela destaca que os trabalhos em carga horária reduzida são, em geral, destinados a garçonetes e vendedor de loja, mesmo quando o estudante possui diploma superior.
“Fiquei muito feliz com a medida, agora, enfim, posso procurar algo dentro da minha área. Recebi algumas ligações para marcar as entrevistas e estou ansiosa com as possibilidades de novas oportunidades”, comemora.
Para Vitória, a implementação da nova medida poderá resultar na restauração de suas finanças. Segundo ela, converter real em dólar acaba desvalorizando completamente seu dinheiro e dificultando fechar as contas no fim do mês.
Seda Intercâmbios
Com o intuito de facilitar a entrada dos estudantes no Canadá, a Seda Intercâmbios irá promover uma aula com o consultor de imigração Diego Paiva, em 31 de outubro. Interessados devem se inscrever pelo link https://bit.ly/eu-no-canada. A palestra pretende tirar todas as dúvidas sobre como estudar e trabalhar no país. A agência Seda Intercâmbios já levou mais de 5 mil estudantes ao exterior.
Existem inúmeras opções de cursos em diversas áreas e níveis. Um curso de técnico de Custumer Service, por exemplo, com duração de seis meses na Toronto School of Management, custa CAD$ 5.750. Uma pós-graduação em Product Management, com duração de um ano na Fleming College Toronto, CAD$ 16 mil, e um MBA na renomada University Canadá West (UCW), com duração de dois anos, CAD$ 32 mil. Um facilitador é que a maioria dos cursos não precisam ser pagos 100% no Brasil. Boa parte do investimento pode ser paga no decorrer do curso
Existem milhares de vagas abertas nos mais variados segmentos, entre eles tecnologia, saúde e negócios. É possível garantir o ingresso em um programa de estudo e trabalho, com um investimento inicial de apenas 500 dólares canadenses, cerca de R$ 1.800 reais.
Para Helicon Alvares, CEO da Seda, a mudança irá beneficiar muitos brasileiros que sonham em morar no Canadá. “Ter a oportunidade de trabalhar em período integral significa que, além de custear todas as suas despesas no país, o estudante ainda terá recursos para viajar ou mesmo poupar, já que receberá em uma moeda que vale quase quatro vezes mais que o Real”, destaca.
O custo de vida no Canadá varia conforme a cidade, mas, em geral, é possível viver muito bem com algo em torno de CAD 1.500 mil. O salário-mínimo no país é de CAD 13 por hora, o que significa uma renda mensal bruta de CAD 2.080 mil para estudantes que trabalharem em período integral.
Quem estava se programando para iniciar o projeto mais adiante e quer antecipar a viagem, pode contar ainda com um crédito estudantil que financia até 90% dos cursos em até 24 vezes, com carência de seis meses para começar a pagar. “Há uma análise de crédito humanizada, que entende que o intercambista está iniciando sua carreira e, através de sua capacitação e ingresso no mercado de trabalho, irá pagar o financiamento”, pontua Alvares.
*Estagiária sob a supervisão de Jáder Rezende