Professores da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (FAC/UnB) realizaram, nesta segunda-feira (4/12), ato em homenagem à diretora da instituição, Dione Moura. A professora recebeu um quadro com a matéria especial do Correio Braziliense Dione Moura: a professora que transformou a vida de jovens negros no país, emoldurada.
“A homenagem expressa nossa admiração pela professora Dione Oliveira Moura. A matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense ressalta não apenas a carreira acadêmica e trajetória pessoal da Dione, mas também o seu papel significativo como uma das precursoras em direitos da população negra na Universidade de Brasília”, diz Ana Carolina Kalume Maranhão, chefe Departamento de Jornalismo da FAC.
Ana Carolina conta que foi orientanda de Dione em seu doutorado e, em uma parceria que já dura mais de 10 anos, pode testemunhar o papel da professora na construção de um ambiente mais inclusivo e democrático não só na faculdade, mas em toda UnB.
“Eu recebo essa homenagem como um gesto que significa que os docentes e as docentes da FAC apoiam e têm orgulho das lideranças da UnB que atuaram em prol das cotas, entre elas, eu, como relatora do projeto. É uma ação que me alegra, individualmente, mas sobretudo, essa homenagem significa que os docentes da FAC abraçam as ações afirmativas como algo que orgulha a UnB e como algo que também é nosso dever”, afirma Dione Moura.
Dione diz que a divulgação da matéria e a homenagem foram especialmente simbólicos por acontecerem após o mês da consciência negra e da comemoração de 20 anos da política nacional de ações afirmativas. “Penso que, nos 20 anos das cotas, é um marco importante dar esse passo para materializar o orgulho da FAC pelas ações afirmativas”, pontua.
Os professores ainda irão elaborar uma placa com os nomes dos participantes do ato, que será afixada ao lado do quadro com a matéria, colocada nos corredores da faculdade para que os alunos também possam ver.
“Já era uma coisa antiga a nossa intenção de fazer uma homenagem à Dione por tudo que ela representa. Com sua luta, ela levou a UnB a ser pioneira em políticas de Direitos Humanos, não só no Brasil, mas internacionalmente. Nós reconhecemos muito isso, mas temos um certo comodismo que, muitas vezes, não nos deixa valorizarmos os nossos em vida. Acho que o ato de hoje, talvez, tenha sido uma sementinha para mudar isso”, diz Paulo José Cunha, professor idealizador da ação.