Lucas Protásio, 22 anos, é estudante de física da Universidade de Brasília (UnB) e sofre de aplasia medular, uma doença autoimune rara. Recentemente, porém, tem encarado outra batalha: adquirir o medicamento que precisa no SUS.
O estudante já recorreu ao Ministério Público para garantir um estoque de Eltrombopague Olamina, único remédio disponível para seu tratamento e que custa em torno de R$155 mil, mas, mesmo com determinação do órgão, segue sem conseguir fazer o tratamento. “A farmácia de alto custo do Gama, onde moro, disse que não pode solicitar as medicações”, conta Lucas, “eles exigiram o envio de um novo exame, o que levaria mais 40 dias para ser realizado.”
Diante da situação, a família está organizando uma rifa de um celular Xiaomi Poco F5 para arcar com a compra imediata do remédio – o estudante precisa tomar a próxima dose em 14 dias. “O prazo está vencendo nesta semana, mas até conseguirmos a ação na justiça demora muito tempo”, diz. As compras das rifas estão sendo feitas pelo Pix (61) 99558-2039 (chave celular).
História
Lucas começou a sentir fraquezas e ver manchas no próprio corpo neste ano. Realizou exames médicos, que revelaram que suas plaquetas estavam baixas. Sem descobrir o que era, o estudante lembra que “me recomendaram ver um médico próximo, porque poderia ser leucemia”.
No dia 4 de novembro deste ano, veio o diagnóstico. Depois de dez dias de internações e uma série de exames, os médicos chegaram à conclusão de que Lucas tem aplasia medular, doença autoimune rara em que as células-tronco são destruídas.
Enquanto não consegue um doador de medula, o jovem precisa realizar o tratamento de imunossupressão, com medicamentos como Timoglobulina, Ciclosporina e Eletrombopag.
*Estagiária sob a supervisão de Priscila Crispi.