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Estudantes não têm interesse em graduação 100% a distância

Estudo produzido pela Abrafi aponta que, apesar das graduações presenciais serem de maior custo financeiro, os universitários brasileiros têm preferência por essa modalidade de ensino

Maria Fava* — Mais da metade dos estudantes matriculados no ensino superior demonstram maior interesse pelo ensino presencial, de acordo com pesquisa divulgada pela Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades (Abrafi). O levantamento, feito em parceria com a Universidade de Guarulhos (UNG), ouviu mais de 4 mil alunos matriculados por instituições espalhadas por todos os 26 estados do país e no Distrito Federal.

Com base nos dados coletados, concluiu-se que os universitários brasileiros não possuem preconceito em relação à educação a distância (EAD), porém não estão satisfeitos com a qualidade do serviço oferecido pelas instituições de ensino superior do país que ofertam a modalidade.

Segundo Paulo Chanan, presidente da Abrafi, essas informações podem auxiliar os gestores das instituições a aprimorarem sua oferta e reduzir a evasão nesses cursos.

Divulgação: ABRAFI - Desvantagens apontadas pelos entrevistados.

Entre as principais desvantagens apontadas pelos entrevistados em relação à EAD estão: falta de suporte para o esclarecimento de dúvidas, menor grade curricular, qualidade do material didático oferecido e falta de prestígio das faculdades no mercado. Somente 20,4% avaliaram que a qualidade da EAD é igual ou superior à oferecida na modalidade presencial.

A pesquisa aponta, ainda, que o valor das mensalidades não é o principal atrativo para os estudantes na hora da escolha. Para a maioria dos entrevistados (59,91%), o preço tem o mesmo peso que outros fatores. O acompanhamento de perto dos professores também se mostrou um fator relevante, com 63,76% dos estudantes afirmando ser importante ter, ao menos, uma parcela da formação prática em modalidade presencial.

*Estagiária sob a supervisão de Ana Sá