Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego entre jovens chegou a 27,1% no primeiro trimestre de 2020. Além da falta de emprego, as empresas passaram a contratar profissionais cada vez mais capacitados para as vagas. Pensando nessas duas barreiras, o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) lançou, na manhã desta quinta-feira (24), o programa Jovem Talento Ciee, durante coletiva de imprensa.
A transmissão no YouTube do Ciee contou com tradução simultânea em Libras e a presença dos porta-vozes: Humberto Casagrande (superintendente geral), Ricardo Melantonio (superintendente institucional), Luiz Gustavo Coppola (superintendente nacional de atendimento) e Marcelo Gallo (superintendente nacional de operações).
A ação da agente é uma solução ágil e disruptiva, em que os jovens do ensino médio, de 14 a 24 anos, são contratados para 6 horas de estágio, contudo uma hora é destinada à capacitação. Segundo Luiz Gustavo Coppola, superintendente nacional de atendimento do Ciee, os estudantes poderão fazer cursos em diversas áreas como administração, comércio, tecnologia, ciências contábeis, inclusive algum conteúdo voltado para o Enem. “O Jovem Talento Ciee pode ser um coringa para o RH de qualquer empresa”, comentou o superintendente na transmissão ao vivo.
O programa apresenta múltiplas opções para que os estudantes sejam contratados por empresas de pequeno, médio e grande porte até profissionais liberais. A ideia é que eles sejam contratados na própria região em que vivem e gerem desenvolvimento econômico para o bairro. Os jovens terão oportunidades de se capacitar em habilidades pessoais e profissionais, como nos programas do pacote Office, fazer planilhas elaboradas ou produzir uma peça de comunicação, por exemplo. “Esse trabalho vai capacitar esse jovem para desenvolver um trabalho melhor no estágio e se qualificar para o mercado de trabalho”, pontuou Marcelo Gallo, superintendente nacional de operações do Ciee.
Humberto Casagrande, CEO da agente de integração, conduziu a coletiva explicando o funcionamento do programa e reforçou que, durante a participação do estudante no Jovem Talento Ciee, ele será amparado pelo supervisor de estágio, como também haverá um acompanhamento da agente por meio de relatórios e reuniões. “Ele (o jovem) terá o monitoramento para que esteja estudando, trabalhando e fazendo esse curso. Haverá também uma série de atividades que serão feitas para incentivar esse jovem a continuar no trabalho”, explicou Casagrande.
A iniciativa do Ciee trabalha em torno de três fundamentos: combater a evasão escolar, capacitar jovens do ensino médio e fazer um monitoramento do estágio. Humberto Casagrande também reforça que o Jovem Talento Ciee não é voltado para empresas que querem utilizar jovens para fazer trabalho a um custo menor. “A formatação desse programa rechaça e combate de forma definitiva essa questão da precarização da mão de obra”, disse o CEO durante a coletiva. “É um programa que trabalha a formação do jovem com todas as características necessárias.”
Somente no Ciee, há 4,6 milhões de jovens cadastrados aguardando por uma vaga de emprego. Casagrande comenta que existem 6 milhões de empresas no Brasil. Caso uma vaga para jovens do ensino médio sejam abertas em cada uma dessas organizações, serão 600 mil oportunidades. Além disso, também há uma petição on-line para que a agente consiga juntamente ao governo custear 400 mil vagas para jovens aprendizes. Somando os dois programas, seriam um milhão de jovens empregados no Brasil. “Esse programa é antes de mais nada um serviço para a juventude brasileira”, finaliza Casagrande.
Como funciona
Para participar do programa Jovem Talento Ciee, basta acessar o site da agente de integração e aguardar o chamado para contratação em alguma empresa. Consultores do Ciee já estão em busca de parcerias e convênios com organizações para incentivar a abertura de vagas.
O curso, inicialmente deve ser feito com o computador da própria empresa, por meio da plataforma on-line Saber Virtual. O programa oferece bolsa-auxílio de R$ 500.
*Estagiária sob supervisão da editora Ana Sá