Em novembro deste ano, a taxa de desemprego no país atingiu um número histórico, chegando a 14,4%. A porcentagem, mais alta registrada pela série Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios covid-19 (Pnad covid-19), representa os 14 milhões de brasileiros que estão sem emprego.
A Pnad covid-19, que tem sido realizada desde maio, mostra que a taxa de desemprego aumentou consideravelmente entre o início da pesquisa e novembro. O crescimento foi de 38,6% no número de desempregados no país entre maio e novembro. Na segunda quinzena de agosto, 33,5% das empresas que mantiveram as atividades relataram que a pandemia causou impactos negativos no funcionamento.
No mesmo período, 40,3% das instituições apontaram ter dificuldade para realizar pagamentos de rotina e 46,8 % indicaram problemas para conseguir fornecedores de insumos, matérias-primas ou mercadorias. 8,1% das empresas relataram que houve redução do número de funcionários.
Como tentativa de evitar demissões, 20,1 % das empresas anteciparam as férias dos funcionários. 25,7% adotaram o trabalho remoto, regime de home office, para os empregados. Somente 11% conseguiram linha de crédito especial para fazer o pagamento dos trabalhadores.