“O mais importante para ter uma vida feliz é saber sair do fracasso.” Essa é uma das lições para superar os obstáculos no mundo do trabalho e na vida pessoal presentes no livro Gente feliz não enche o saco, da especialista em soft skills (habilidades socioemocionais) e pedagoga Érika Linhares.
No livro, ela compartilha os aprendizados conquistados ao longo da vida e da carreira, desde a adolescência, vivida em Sete Lagoas (MG), com a primeira experiência profissional, como sacoleira. O trabalho começou após o pai dela falir, e a família, que vivia com conforto, precisou recomeçar.
Érika reflete que muitos empresários bem-sucedidos têm, em suas trajetórias, histórias de dificuldades e sofrimento. “A dor ensina.” Mas não é preciso esperar o sofrimento para aprender, mudar de atitude e de vida. O livro vem para ensinar interessados a fazer essa mudança rumo à felicidade e à prosperidade desde já.
A escritora é sócia da empresa de cursos sobre habilidades comportamentais para organizações B-Have, localizada no Rio de Janeiro, onde Érika mora e lançou o livro. Também houve eventos de lançamento em São Paulo e Belo Horizonte. Brasília está incluída na turnê. A obra será lançada no DF na quarta-feira (3/2), a partir das 19h, para público restrito no restaurante En Mi Casa, no Lago Sul.
A autora dará uma palestra e, depois, autografará os exemplares dos participantes. Na quinta-feira (4/2), Érika estará na Livraria Leitura do Park Shopping para deixar livros assinados e, também, para participar de uma live. Em entrevista ao Correio, Érika Linhares conta como as pessoas podem ser felizes sem encher o saco. Confira:
Como surgiu a ideia de escrever o livro?
Primeiro, eu trabalhei no mercado informal. Fui sacoleira, depois, trabalhei no sistema público e no particular, onde fiquei por 20 anos e saí como diretora da TIM, como a única mulher no comando. Hoje, sou empreendedora, e as pessoas comentavam comigo que o conteúdo dos cursos que ministro é bom, então, questionavam por que eu não escrevia um livro. Eu tenho vivência no assunto e mais de 15 mil pessoas passaram pela minha gestão. Além disso, as pessoas aprendem por meio de histórias, e é um conteúdo que eu sei que vai fazer a diferença. O livro é acessível e agrega muito valor à vida das pessoas.
Como foi o processo de escrita?
Foi maravilhoso. Não tive tanta dificuldade. Como sou pedagoga e executiva, via o que estava dando certo e errado no mundo corporativo. Então, comecei a reparar nas pessoas que cresciam: o que elas tinham em comum não era a base curricular, mas a atitude perante a vida. Comecei a ver que comportamento vale mais do que técnica e catalogava quais eram as boas atitudes e como as pessoas faziam para mantê-las.
Com o que os leitores podem se surpreender?
A gente vive atrás do propósito, e eles vão entender que a beleza da vida não está no fim, mas, sim, na jornada. Eu falo muito dos fracassos, eu me humanizo muito. A gente erra e a gente fracassa, por isso, eles vão encontrar uma vida real, não uma vida de cinema e Instagram em que todo mundo lacra. Eles vão encontrar seres humanos reais, que acertaram, erraram, fracassaram e conseguiram superar. O mais importante é saber sair do fracasso. Por isso, ensino, no livro, como sair das encruzilhadas da vida.
De onde veio a inspiração para o título da obra?
Todos os meus amigos sempre vinham atrás de mim contando os problemas da vida para que eu ajudasse, e a pergunta que a maioria fazia era: “Como eu faço para fulano não encher o saco?”. E eu respondia que gente feliz não enche o saco, então, cuide dessa pessoa. O livro ensina você a cuidar dos outros e a cuidar de você mesmo. Quando você cuida dos outros, eles se sentem felizes, acolhidos e seguros. As pessoas acham que felicidade é alegria plena, mas ela está em aproveitar a jornada, valorizar as pessoas que ama e ser grato. A felicidade está na jornada, no dia a dia e, por isso, escrevi o livro.
Quais os ensinamentos e aprendizados que você agregou durante toda a jornada profissional e que são ensinados no livro?
Tudo que você fizer na sua vida, faça com esmero, porque o trabalho que você faz diz muito sobre você. Não faça nada mal-feito, não perca seu tempo. Outra coisa que eu aprendi é que está tudo bem se eu errar. Só erram pessoas corajosas e inovadoras, e o mundo precisa de pessoas assim. Eu já enfrentei demissão, falência do meu pai e cheguei ao poder de uma grande organização. É preciso saber administrar tudo. Eu aprendi também que ninguém faz nada sozinho nessa vida. A gente precisa aprender a ser empático, tolerar, incluir e não ter preconceitos. E, por último, aprendi a cuidar de mim. É como diz no avião: primeiro, você tem que colocar a máscara de oxigênio em você para depois colocar no outro.
Para qual tipo de leitor o livro é direcionado?
Para qualquer pessoa que queira se sentir útil. “Ah, eu já estou me aposentando.” Ótimo! Se aposente bem. É para quem quer trabalhar bem e feliz, quer saber liderar com carinho e amor, e para quem quer tolerar os colaboradores. É para qualquer um que está no mundo do trabalho e quer prosperar.
Quais conselhos você dá para as pessoas que querem conquistar sucesso na carreira e serem mais felizes?
O mundo não é justo e, muitas vezes, vão acontecer coisas que não são sua culpa, mas, a responsabilidade de sair daquela encrenca é. A gente tem que ser prática, respeitar as pessoas e tentar, a cada dia, ser uma pessoa melhor. Respeite o outro como ele é, seja empático. Não tente mudar, tente ajudar. Não tente impor, tente contribuir. Aprenda a sair do erro porque essa é a beleza do mundo. Quando você corrige os seus erros, você se sente gente grande e isso gera autoestima.
Leia!
Gente feliz não enche o saco
» Autora: Érika Linhares
» Editora: Best Business - Grupo Editorial Record
» 140 páginas / 172 páginas (e-book)
» R$ 34,90 / R$ 24,90 (e-book)
Érika Linhares sabe que as pessoas precisam aprender a fazer o certo e a ser produtivas nos ambientes corporativos. Ela sempre se preocupou mais com o comportamento de sua equipe do que com a técnica; daí nasce o livro que vai te ensinar a prosperar e ser feliz no trabalho, ao aprender a desenvolver soft skills que vão ajudá-lo a ser mais feliz e bem-sucedido no trabalho, tornando-se mais leve, mais prático, mais aberto. Sem mimimi.
*Estagiária sob a supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa