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Conheça o trabalho daqueles que cuidam das redes sociais de ex-BBBs

Social media dos maiores ícones da edição 21 do reality contam suas experiências

Isabela Oliveira*
postado em 14/06/2021 19:35 / atualizado em 14/06/2021 21:15
Gabriela Cirne é estudante de jornalismo e fez parte da equipe de gestores de redes sociais do Gil do Vigor -  (crédito: Arquivo Pessoal)
Gabriela Cirne é estudante de jornalismo e fez parte da equipe de gestores de redes sociais do Gil do Vigor - (crédito: Arquivo Pessoal)

Gabriela Cirne, 22 anos, é estudante do 7º semestre de jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e fez parte da equipe do Gil do Vigor no BBB 21. Ela tinha acabado de ser desligada de um estágio, quando um amigo em comum com Gil a chamou para trabalhar como voluntária na gestão das redes sociais do participante.

“Quando eu fui demitida, comecei a duvidar um pouco de mim profissionalmente. Mas quando entrei na equipe e a gente se alinhou, disparamos, e vimos o carinho que as pessoas tinham pelo Gil, era recompensador e no fim deu tudo certo”, comemora a estudante.

Mesmo experimentando ser social media no último estágio, Gabriela sabia as funções que teria de desempenhar. “Eu já acompanhava as redes das edições anteriores. De 2018 para cá, assisti ao reality com mais frequência, e, em 2019, assinei o pay-per-view (sistema à la carte de televisões por assinatura, que possibilita ao assinante adquirir uma programação exclusiva, como de reality shows)”, conta.

No total, a equipe contava com oito pessoas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo: Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e até a Inglaterra. Gabriela ficou responsável pelo Twitter do Gil. Trabalhava das 9h às 15h: acordava, interagia com os fãs tanto nos tweets quanto nos grupos de mensagens diretas e também cortava trechos de vídeos para repercutir na rede.

Ela também fazia memes para viralizar e explica que as montagens eram uma boa estratégia para alcançar novos públicos e fãs para o participante. “A gente fez uma montagem com o Gil no dia de um jogo do Neymar. A gente sabia que o Gil tinha um público voltado pro futebol, e para gente conquistar esse público fazíamos memes”, explica. “Na casa, o Gil brincava que ele tinha comprado seguidores árabes. Então, a gente fazia um tweet árabe brincando”.

Durante o reality, combater fake news e fazer um bom gerenciamento de crises foram aprendizados que Gabriela vai levar para a carreira enquanto jornalista. "São muitos ataques que chegam durante o dia e você saber lidar de forma profissional, principalmente aqueles que são homofóbicos, me deixavam muito triste, mas eu tinha que combater de forma profissional”, afirma.

Na experiência, ela aprendeu que os números são uma grande ferramenta do trabalho e que participantes de reality precisam de gestores de mídias para ajudar no posicionamento e enfrentar notícias falsas. “A rede social de um participante é o principal meio de defesa, se essa pessoa for ágil e tiver noção do que repercutir é importante para a imagem do participante ou da empresa que você quer construir”, opina a estudante. "Quando você constrói uma boa imagem, o retorno é muito maior do que seria se não tivesse ninguém por trás”.

Para Gabriela, entretenimento era apenas um hobby, mas abraçou o desafio de trabalhar três meses no Twitter do Gil. Agora, ela se prepara para novos projetos com o início de um estágio na área de jornalismo esportivo.


Invista em capacitações


Para se manter atualizado quanto às mudanças de ferramentas e novas tendências, ou até mesmo começar a estudar do zero sobre redes sociais, várias plataformas e empresas oferecem cursos gratuitos. Confira as oportunidades para você investir em conhecimento:

1) Fundação Getulio Vargas (FGV)

Além dos cursos e especializações pagas, a FGV também oferta cursos gratuitos. Para quem deseja entrar no mundo do marketing digital, o site tem um catálogo de cursos introdutórios sobre fundamentos e conceitos do marketing, além de um curso sobre redes sociais. Inscreva-se: .

2) Rock University

A Rock Content é uma empresa global de marketing que oferta diversos cursos por meio de uma plataforma. Na Universidade da Rock Content você encontra capacitações gratuitas em marketing de conteúdo, produção e revisão de conteúdo para web e copywriting. Há emissão de certificado e opções de cursos pagos também. Saiba mais: http://bit.ly/rockuniversitycursos.

3) Google Ateliê Digital

O Google oferece cursos gratuitos, por meio da plataforma Google Ateliê Digital. Há temáticas como fundamentos do marketing digital, otimização dos mecanismos de busca, introdução ao Google Analytics, como utilizar cada rede social e como usar Google Ads. Acesse: http://bit.ly/ategoogle.

4) Coursera

A Coursera é uma empresa de tecnologia educacional norte-americana que oferta cursos pagos e gratuitos de instituições como a Universidade de São Paulo, e universidades estrangeiras, como Stanford e Yale. Há capacitações sobre marketing, análise de métricas, redação e como mexer em programas de edição. Se você ainda for estudante e usar o e-mail institucional, terá acesso a diversos cursos pagos de forma gratuita. Saiba mais: https://pt.coursera.org/.

5) Udemy

A plataforma de educação a distância Udemy oferece cursos gratuitos, mas a maioria são pagos a partir de R$ 27,90. Há diversas opções, desde marketing a construção de site e e-commerce. Saiba mais: https://www.udemy.com/.

Social media desde criança

Rivia Pereira administrou as redes de uma participante do BBB 20, e este ano administrou o Twitter da campeã Juliette Freire
Rivia Pereira administrou as redes de uma participante do BBB 20, e este ano administrou o Twitter da campeã Juliette Freire (foto: Arquivo Pessoal)

Para alguns, o trabalho de estrategista de redes sociais começa depois de receber convites ou de ser um heavy user de mídias. Para outros, o talento vem desde pequeno, como ocorreu com Rivia Pereira, 22 anos. A paulistana se formou em radiologia médica, mas nunca exerceu a profissão. Ela sempre criou páginas no Facebook fictícias quando criança, até que, em 2020, surgiu a primeira oportunidade para levar a sério a ideia.

No BBB 20, ela foi uma das administradoras da participante Marcela Mc Gowan como voluntária e, atualmente, segue na gestão das mídias sociais da influencer com remuneração. Este ano, ela ficou atenta à edição do reality, se identificou com a paraibana Juliette Freire e correu atrás de contatos para fazer parte da equipe da participante.

“Fui atrás da Deborah (amiga da Juliette) para oferecer minha ajuda e compor a equipe. Houve uns dias de teste até pegar confiança, depois me passaram acesso e comecei meus trabalhos no perfil dela”, explica a moradora de São Vicente (SP).

No dia a dia, a equipe de 20 pessoas administrava as redes sociais da sister 24 horas por dia. “Eu cuidava do Twitter, cinco pessoas se dividiam durante 24h”, relata.

Com isso, a equipe se organizava para elaborar estratégias de posicionamento, fazer mutirão de votos e sempre interagir com os fãs: os cactos. Para Rivia, a maior dificuldade foi lidar com crises, mas isso fez com que ela também exercitasse uma habilidade essencial para o trabalho, a paciência.

“Como sou muito ansiosa ficava roendo as unhas com possibilidade de coisas ocorrerem ou não, mas aprendi a praticar a paciência e confiar de que no fim tudo dá certo”, diz, otimista. A social media também se sente grata por ter feito parte do crescimento de Juliette e a ajudado a vencer o reality.

“Claro que isso é totalmente mérito dela, mas tivemos um trabalho duro para decidir o que faríamos, como nos posicionaríamos, como iríamos lidar com uma torcida gigantesca e até mesmo como postaríamos algum tipo de conteúdo”, observa.

Para o futuro, Rivia planeja se aprimorar na profissão e administrar perfis de outros influencers.

 

*Estagiária sob supervisão de Ana Sá

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