Todos precisam colaborar

Correio Braziliense
postado em 16/01/2022 00:01
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

Todos os dias, antes de irem trabalhar, os funcionários do escritório do Lick Attorneys em Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba ou São Paulo precisam responder a um questionário, de casa, com seis perguntas. O sistema avalia as respostas e responde se o trabalhador pode ir ou não à empresa naquele dia. Dependendo do que for obtido, a pessoa pode ficar em casa de três a 14 dias. Esse método de checagem é diretamente ligado ao acesso às portas.

Se uma pessoa que reprovou no teste for para a empresa, o reconhecimento facial da câmera não permite que ela entre, e a porta fica bloqueada de acordo com a quantidade de dias estabelecidos. Além disso, há um termômetro na entrada, caso o funcionário esteja com mais de 37.8º, ele não consegue acessar o local, bem como se ele estiver sem máscara.

O escritório, de fato, é um modelo a ser seguido. Todos os visitantes que precisam ir à empresa, passam por todos os métodos 24 horas antes de comparecer às instalações, e precisam responder ao questionário.

Mas quem pensa que acabou se engana. O funcionário precisa usar duas máscaras cirúrgicas descartáveis por dia. Ao chegar à empresa, ele guarda a máscara que estava em seu rosto, e usa uma dada pelo escritório. As duas proteções cedidas pela empresa riamente são de cores diferentes, sendo uma para a manhã e outra para o período da tarde.

"Antes da consultoria, distribuíamos a máscara n95, mas, segundo a consultoria que fizemos, não há o selo de aprovação. Eles explicam que a n95, para ser usada por muitas horas, exige uma disciplina muito grande. É difícil conseguir uma utilização correta. Já com a máscara cirúrgica, as pessoas não precisam chegar muito perto umas das outras para se ouvirem, o que evita o contato mais direto", explica Otto Licks.

Até agora, com o que pôde ser observado, o ambiente de trabalho ficou mais leve e alegre, segundo o sócio-fundador da empresa de advocacia. "Todos enxergam o benefício de estar com as pessoas que trabalham, em um ambiente profissional correto. Não há a mistura da vida pessoal e profissional o tempo todo", argumenta.

"A gente monitora diariamente e, até agora, é uma experiência de muito sucesso", diz.

O que o home office mais atrapalhou foram os programas de treinamento de profissionais mais jovens. "Com os trabalhadores que estão no escritório há anos, não houve nenhum problema ou impacto negativo", conta. Diferentemente dos que acabaram de entrar, o processo de adaptação demorou muito mais tempo que o normal.

No começo ou no meio da pandemia, ninguém se manifestava pelo retorno presencial. Mas, a partir de março e abril deste ano, esse cenário mudou. "A mudança de opinião do escritório foi essencial para que planejássemos uma retomada", explica Otto.

Ter encontrado o Hospital Albert Einstein e a Firjan para prestarem essa consultoria, foi uma ótima saída para a instituição. "Precisa ser um trabalho de todos, não é só o governo, as empresas, a iniciativa privada. Todos têm que fazer parte para reorganizar a situação caótica. Fazemos tudo que as consultorias determinaram, mas precisamos da colaboração de todos", comenta. (A.L.A)

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