Empreendedorismo

Programa Multincubadora da UnB é premiado com selo de qualidade

Universidade se consolida como referência nacional no desenvolvimento de startups e projetos inovadores

Bruno Azambuja*
postado em 17/12/2023 06:00 / atualizado em 17/12/2023 06:00
Cerimônia de certificação ocorreu durante a 33ª Conferência Anprotec, realizada em novembro, em Brasília -  (crédito: Alcione Santiago/Divulgação Anprotec)
Cerimônia de certificação ocorreu durante a 33ª Conferência Anprotec, realizada em novembro, em Brasília - (crédito: Alcione Santiago/Divulgação Anprotec)
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O Programa Multincubadora do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB) recebeu, em novembro, o nível 3 da certificação conferida pelo Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne).

Emitido pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), o selo Cerne indica um padrão de qualidade e excelência para incubadoras e ambientes de inovação. A conquista do nível 3 posiciona o Programa Multincubadora da UnB como referência nacional para o desenvolvimento de startups e de projetos inovadores, atestando sua relevância social. "Essa certificação é motivo de orgulho, pelo reconhecimento do nosso trabalho. Estamos promovendo a mudança", afirma Gabriel Andrade, analista de empreendedorismo do programa.

Ele explica que cada nível do selo aponta para um grau de amadurecimento das incubadoras. O primeiro, enfoca apenas o desenvolvimento do empreendedorismo local. O segundo, avalia as práticas voltadas para a gestão da incubadora. O terceiro, conquistado agora pela UnB, demonstra sua relevância, indicando uma rede de parceiros estruturada que potencializa o impacto e os recursos da incubadora no suporte aos projetos. O último nível, meta que o CDT está buscando, corresponde à internacionalização da incubadora.

"Essa certificação não apenas fortalece a credibilidade da incubadora, mas também reforça o compromisso institucional com práticas exemplares de estímulo e de apoio ao empreendedorismo para a criação de negócios inovadores e de impacto para promover o desenvolvimento regional", diz o analista.

Gerando negócios

Coordenadores do Programa Multincubadora da UnB recebem o selo
Coordenadores do Programa Multincubadora da UnB recebem o selo (foto: Alcione Santiago/Divulgação Anprotec)

A incubadora da UnB é um projeto de extensão que funciona como um centro de desenvolvimento, crescimento e consolidação de negócios inovadores, por meio de ações e serviços que contribuem para o sucesso desses empreendimentos. Criado em 1989, o projeto foi um dos pioneiros do tipo no Brasil. "Apoiamos mais de 200 empreendimentos, com suporte não só para seu desenvolvimento, mas também para que eles possuam uma porcentagem maior de sucesso", explica Gabriel.

Da ideia original, selecionada por meio da apresentação de propostas em edital de chamada pública de fluxo contínuo, até o nascimento do projeto, a Multincubadora acompanha os empreendedores em cada passo de estruturação de seus negócios, em um processo que dura, em média, três anos e meio. Os projetos só ganham o mundo quando os especialistas entendem que esses estão prontos para garantirem sua sustentabilidade e, após isso, ainda são alvo de consultorias pontuais.

Já passaram pela incubadora empresas como Ubicity, aplicativo de mobilidade urbana, e Terrasense, tecnologia de imageamento aéreo e geoprocessamento para análises ambientais. Os critérios para seleção dos projetos a serem incubados são apenas dois: inovação e impacto socioambiental. "Temos as portas abertas a todos da sociedade", garante Gabriel.

O Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília foi um dos pioneiros na participação de projetos executados com a utilização de recursos da Lei nº 8.248/1991, a chamada Lei da Informática. Em 1999, foi executado por meio do CDT/UnB o primeiro projeto nessa modalidade do país, em parceria com uma empresa de Base Tecnológica do Programa Multincubadora de Empresas.

A lei concede incentivos fiscais para empresas do setor de tecnologia que tenham por prática investir em pesquisa e desenvolvimento. O incentivo é concedido pelo governo federal, por meio da redução do Imposto de Produtos Industrializados (IPI).

Estagiário sob a supervisão de Priscila Crispi

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