A Mobfog é realizada anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). A competição é para alunos a partir dos anos iniciais do ensino fundamental e estudantes do ensino médio. Os alunos são premiados com medalhas e ganham certificados. Neste ano, o estudante do segundo ano do ensino médio do colégio Sigma, João Pedro Martins França, além da medalha de bronze, conquistou uma bolsa de Iniciação Científica Júnior, oferecida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq).
Gasolina e oxigênio líquido. Esses foram os dois elementos que fizeram o primeiro foguete do mundo conseguir ser lançado, em março de 1926. O feito foi conquistado pelos físicos Konstatin Eduard Ziolkowski e Robert Hutschings Goddard, e quase cem anos depois a descoberta seria uma base para as olímpiadas de mostras de foguetes. A 15ª edição da Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog) ocorreu em 2021 e premiou o estudante de apenas 16 anos.
A bolsa oferecida tem como objetivo incentivar a vocação e talentos científicos em estudantes do ensino fundamental, médio e profissional da rede pública e privada. Os estudantes também recebem um auxílio de R$ 100 mensais. João Pedro conquistou a medalha ao construir um foguete real com garrafas pet e movido com combustível de vinagre e bicarbonato de sódio, feito com a ajuda de amigos.
Em 2022, o jovem deverá aprofundar os seus estudos nas áreas de lançamento de foguetes e ciências químicas, no programa que tem parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
O estudante de 16 anos sonha em estudar engenharia aeroespacial, na Universidade de Brasília (UnB) ou na Stanford University, nos Estados Unidos, e acredita que essas experiências e atividades irão ajudá-lo no futuro. “Como penso em ir para fora do país, a participação em olimpíadas e nesses programas irão contribuir para deixar o meu currículo ainda mais rico, para quem sabe, conseguir uma bolsa de estudos”, conta.
João Pedro, que participou de outras olimpíadas de conhecimento, nas quais também foi medalhista, afirma que foi uma surpresa conquistar a bolsa do CNPq. “A princípio, essa oportunidade estava disponível apenas para quem tinha ganhado medalha de ouro, mas eles estenderam para todos, então corri para garantir a minha confirmação”, aponta. “Agora a minha expectativa é aprofundar ainda mais os meus conhecimentos na área”. O programa terá início em janeiro e irá até dezembro de 2022.