CPI DO MEC

Ubes e UNE cobram "responsabilização irrestrita" na CPI do MEC

Entidades cobram responsabilização de todos os envolvidos nos esquemas de corrupção na pasta

Jáder Rezende
postado em 28/06/2022 16:18 / atualizado em 28/06/2022 17:47
Para a presidente da Ubes, Bruna Berlaz, a CPI do MEC é fundamental para a reconstrução do projeto de educação brasileiro -  (crédito: Ubes/Divulgação)
Para a presidente da Ubes, Bruna Berlaz, a CPI do MEC é fundamental para a reconstrução do projeto de educação brasileiro - (crédito: Ubes/Divulgação)

A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) se posicionaram nesta terça-feira (28) sobre o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC). Para as entidades, a responsabilização irrestrita de todos os envolvidos em esquema de corrupção na pasta é fundamental para a reconstrução do projeto de educação do país.

O pedido de instalalação da CPI foi protocolado na manhã desta terça pelo líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), juntamente com parlamentares de esquerda, com 31 assinaturas. “É um requerimento robusto, mostrando que há um desejo no Senado de que esse esquema escandaloso que se instalou no Ministério da Educação tenha uma séria investigação”, declarou Rodrigues, que lembrou os episódios recentes envolvendo o ex-ministro Milton Ribeiro, a Polícia Federal e o presidente Jair Bolsonaro.

“A investigação em curso, conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal está sob forte intervenção e forte ameaça. Desde a semana passada é de conhecimento de todos que, em áudio do próprio senhor Milton Ribeiro, que o Presidente da República interveio de forma clara, para impedir que a investigação avançasse.”

Para a presidente da Ubes, Jade Beatriz, a CPI e, consequentemente, a responsabilização de todos os envolvidos é uma das respostas necessárias que a sociedade precisa. “A educação não pode ser tratada como meio para negociatas e sim como um pilar para o desenvolvimento. Basta de tanta negligência", disse.
A presidente da UNE, Bruna Berlaz, destaca o “aparelhamento ideológico” da pasta e também alimenta a expectativa de punição severa a todos os envolvidos. "O Brasil precisa que os envolvidos no esquema de corrupção no MEC sejam responsabilizados”, disse.

“A educação no país sofreu com imensos retrocessos com o aparelhamento ideológico da pasta e como meio para cobrança de propinas e tráfico de influência para o governo Bolsonaro. Estaremos acompanhando de perto todo o processo, mobilizando para que a CPI ganhe força para reconstruir o projeto de educação brasileiro", completa Brelaz.

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