Pesquisa

Brasil deve receber mais 30 a 50 ararinhas-azuis da Alemanha em 2023

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) espera que os exemplares da espécie ameaçada de extinção cheguem no início de janeiro

Agência Estado
postado em 25/12/2022 15:38
 (crédito: Helder Brandão/Divulgação)
(crédito: Helder Brandão/Divulgação)

O Brasil deve receber mais uma leva de ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) em 2023. Entre 30 e 50 aves devem chegar ao País, vindas da Alemanha, como parte do projeto de reintrodução da espécie na caatinga brasileira, duas décadas depois de ser considerada extinta na natureza, informa a Agência Brasil.
Segundo Camile Lugarini, coordenadora executiva do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a ideia é que os animais cheguem ao Brasil já no próximo mês.

Crédito: Idario Cafe/Fundação Toyota. Trabalho de preservação das araras-azuis do Instituto Arara Azul e patrocinado pela Fundação Toyota do Brasil no Pantanal (MS).
Crédito: Idario Cafe/Fundação Toyota. Trabalho de preservação das araras-azuis do Instituto Arara Azul e patrocinado pela Fundação Toyota do Brasil no Pantanal (MS). (foto: Idario Cafe/Fundação Toyota)

O primeiro grupo de 52 ararinhas-azuis chegou a Curaçá (BA) em 2020, procedentes de um criadouro alemão. Foi nesse município baiano que o governo brasileiro criou unidades de conservação ambiental para garantir a proteção e o habitat desses animais na natureza.

Ali também foi construído um enorme recinto de adaptação para que as ararinhas reaprendam a viver soltas. As primeiras oito aves foram reintroduzidas na natureza em junho deste ano. No último dia 10, foram soltas mais 12. A ideia é soltar 20 aves, por ano, nas próximas duas décadas.

Handout picture released on December 26, 2014 of an expert with an 'Ararinha-azul' (Spix's Macau - Cyanopsitta spixii) born in captivity at the Chico Mendes Institute for Biodevirsity Conservation (ICMBio) in Rio de Janeiro, Brazil.    AFP PHOTO / ICMBIO - LEONARDO MILANO     RESTRICTED TO EDITORIAL USE   MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / ICMBIO - LEONARDO MILANO"   NO SALES   NO MARKETING   NO ADVERTISING CAMPAIGNS   DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS   INTERNET OUT
Handout picture released on December 26, 2014 of an expert with an 'Ararinha-azul' (Spix's Macau - Cyanopsitta spixii) born in captivity at the Chico Mendes Institute for Biodevirsity Conservation (ICMBio) in Rio de Janeiro, Brazil. AFP PHOTO / ICMBIO - LEONARDO MILANO RESTRICTED TO EDITORIAL USE MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / ICMBIO - LEONARDO MILANO" NO SALES NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS INTERNET OUT (foto: LEONARDO MILANO)


Cerca de 30 ararinhas são mantidas no cativeiro, na sede do projeto em Curaçá, como reservas para a reintrodução e como reprodutoras. Três filhotes já nasceram dentro do viveiro baiano e devem ser soltos na natureza, assim como devem ser libertados filhotes nascidos em um criadouro de Minas Gerais, a Fazenda Cachoeira.

No entanto, a principal fonte de animais para reintrodução continua sendo o criadouro alemão ACTP. Para a chegada dessa nova leva vinda da Alemanha, os pesquisadores aguardam a liberação da vigilância agropecuária do Brasil por causa de um surto de gripe aviária que atinge a Europa.

"Caso não seja possível trazer as aves em janeiro, a gente vai verificar se consegue, com os animais que nasceram aqui no Brasil, fazer uma soltura, porque uma coisa importante é o número de aves. Quanto maior o número no grupo, maiores são as chances de sucesso. Não adianta soltar uma ou duas, ou três ou quatro. Além de ter todo um critério, que leva em consideração a genética e a saúde, o número de animais também é fator importante".

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    Handout picture released on December 26, 2014 of an expert with an 'Ararinha-azul' (Spix's Macau - Cyanopsitta spixii) born in captivity at the Chico Mendes Institute for Biodevirsity Conservation (ICMBio) in Rio de Janeiro, Brazil. AFP PHOTO / ICMBIO - LEONARDO MILANO RESTRICTED TO EDITORIAL USE MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / ICMBIO - LEONARDO MILANO" NO SALES NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS INTERNET OUT Foto: LEONARDO MILANO
  • Crédito: Idario Cafe/Fundação Toyota. Trabalho de preservação das araras-azuis do Instituto Arara Azul e patrocinado pela Fundação Toyota do Brasil no Pantanal (MS).
    Crédito: Idario Cafe/Fundação Toyota. Trabalho de preservação das araras-azuis do Instituto Arara Azul e patrocinado pela Fundação Toyota do Brasil no Pantanal (MS). Foto: Idario Cafe/Fundação Toyota
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