Agência Estado
postado em 27/05/2021 23:12 / atualizado em 27/05/2021 23:12
Uma funcionária da empresa Nike acusa Neymar de agressão sexual, ocorrida em 2016. Este teria sido o motivo pelo qual a marca de produtos esportivos encerrou o contrato com o jogador do Paris Saint-Germain em agosto do ano passado sem alegar um motivo. O compromisso ainda tinha mais oito anos de duração. O jornal The Wall Street Journal teve acesso a documentos e entrevistou pessoas ligadas ao assunto.
A funcionária da Nike disse a amigos e colegas que Neymar tentou forçá-la a fazer sexo oral em um quarto de hotel de Nova York, onde ela ajudava a coordenar eventos e fazia a logística para o atacante e sua comitiva. Funcionários da Nike, atuais e antigos, são citados nos documentos.
Neymar nega a acusação. "Neymar Jr. se defenderá vigorosamente contra esses ataques infundados caso alguma reclamação seja apresentada, o que não aconteceu até agora", disse a assessoria do atleta, que justificou o fim do contrato com a Nike por motivos comerciais.
Segundo matéria do jornal americano, a funcionário da Nike registrou uma reclamação para a empresa em 2018 e descreveu o incidente para o chefe de recursos humanos e conselho geral, de acordo com as pessoas e os documentos. A Nike contratou advogados da Cooley LLP para conduzir uma investigação a partir de 2019 e decidiu deixar de usar Neymar no marketing.
A Nike encerrou seu relacionamento com Neymar em 2020 depois que o atleta não cooperou com a investigação de Cooley, segundo depoimentos. "A Nike encerrou seu relacionamento com o atleta porque ele se recusou a cooperar na investigação, após alegações de irregularidades apresentadas por um funcionário", disse Hilary Krane, conselheiro geral da Nike, em resposta às perguntas do jornal.
Krane disse que a Nike não discutiu o assunto publicamente porque "não havia um conjunto de fatos que nos permitiriam falar substantivamente sobre o assunto. Seria impróprio para a Nike fazer uma declaração acusatória sem ser capaz de fornecer fatos de apoio."
A porta-voz de Neymar disse que os dois lados estão em discussões desde 2019. "É muito estranho um caso que deveria ter acontecido em 2016, com denúncias de um funcionário da Nike, só vir à tona neste momento", disse.
Segundo pessoas ouvidas, representantes de Neymar contestaram o relato da mulher durante a investigação de Cooley, mas o próprio atleta se recusou a ser entrevistado pelos investigadores da Nike.
Neymar esteve em Nova York em junho de 2016, data da acusação, para participar do lançamento de calçados da marca Jordan da Nike.
OUTRO CASO - Em junho de 2019, Najila Trindade acusou Neymar de estupro em um hotel de Paris. O atacante disse que o encontro com a modelo brasileira foi consensual e ele a acusou de tentar extorqui-lo. As autoridades brasileiras retiraram a acusação, alegando falta de provas.
Posteriormente acusaram Najila de calúnia, extorsão e fraude processual. As duas primeiras acusações foram rejeitadas em 2019 e ela foi absolvida da outra em 2020. Uma porta-voz da modelo disse que ela defende seu original relato do que aconteceu.
Depois que a modelo brasileira fez sua denúncia pública, a funcionária da Nike abordou a Sra. Krane e a Sra. Matheson para perguntar o status da reclamação que ela fez sobre Neymar um ano antes, segundo pessoas e documentos.
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