Entre os novos hábitos que a pandemia trouxe à rotina dos brasileiros, a compra de álcool em gel — como medida de higienização — teve um aumento de vendas de 4.700% em março. Os dados são do estudo da Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce. Com isso, os acidentes domésticos e as dúvidas acerca do produto abriram brechas para a disseminação de desinformação.
Nesta semana, um alerta sobre a possibilidade de incêndio com a utilização de álcool 70% em veículos tem circulado nas redes sociais. No comunicado intitulado "Nota de Utilidade Pública", o texto orienta para que as pessoas não utilizem o material para higienizar as chaves dos automóveis, pois isso poderia gerar uma faísca ao colocar a chave na ignição. Veja:
O Holofote consultou a perita criminal da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Camila Guesine para confirmar a versão. Segundo ela, é possível, sim, tal situação provocar incêndio. A especialista explicou que, caso a chave esteja ainda molhada de álcool e a ignição seja acionada, esta gerará uma corrente elétrica, fornecida pela bateria do veículo. Nesse momento, o contato dos materiais pode gerar faíscas e, consequentemente, fogo.
Ainda assim, de acordo com Camila, seria necessário realizar um teste para confirmar com precisão a capacidade de destruição desse tipo de contato — por isso, optamos pela etiqueta "Quase lá" nesta checagem.
Portanto, como recomenda a mensagem em circulação na internet, as pessoas devem higienizar as chaves com água e sabão neutro e, assim, evitar o álcool em gel nesse caso.
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