Pfizer faz pedido para uso urgente da vacina

Grupo farmacêutico americano solicita à agência reguladora de remédios dos EUA a autorização para comercializar imunizante e espera iniciar aplicação em dezembro

Correio Braziliense
postado em 20/11/2020 21:30
 (crédito: Justin Tallis / AFP)
(crédito: Justin Tallis / AFP)

A aliança entre o grupo farmacêutico americano Pfizer e a empresa alemã BioNTech apresentou à FDA — agência americana reguladora do setor de remédios e alimentos — um pedido de autorização para a comercialização de sua vacina contra a covid-19, tornando-se o primeiro fabricante a dar esse passo nos Estados Unidos. O anúncio era esperado há vários dias, depois da publicação dos resultados do ensaio clínico, em andamento desde julho, com 44.000 voluntários em vários países, segundo o qual a vacina seria 95% eficaz na prevenção de covid-19 e não apresentaria efeitos colaterais graves. A Pfizer e a BioNTech esperam aplicar a vacina na América Latina logo depois da imunização nos EUA, prevista para ocorrer entre meados e o fim de dezembro.
Na quinta-feira, o CEO da BioNTech, Albert Bourla, tinha antecipado para a agência France-Presse que o pedido seria encaminhado no dia seguinte. “A solicitação nos EUA representa um passo crucial no nosso caminho para oferecer uma vacina contra a covid-19 ao mundo. Agora, temos uma imagem mais completa, tanto da eficácia quanto da segurança da nossa vacina, que nos dá confiança sobre seu potencial”, declarou.
A vacina está sendo avaliada de maneira continuada há semanas por União Europeia, Austrália, Canadá, Japão e Reino Unido. “As empresas estarão prontas para distribuir a vacina nas horas seguintes ao recebimento da autorização”, afirmaram as duas companhias. A FDA não informou quanto tempo levará para examinar os dados, mas o governo dos EUA se prepara para que o sinal verde para a vacina ocorra até a primeira quinzena de dezembro. A Europa pode seguir a mesma direção na segunda quinzena de dezembro, afirma a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Testes

Em março, quando o mundo vivia o primeiro confinamento, a BioNTech propôs à Pfizer usar a tecnologia inédita do RNA mensageiro. O primeiro voluntário recebeu a vacina em 23 de abril na Alemanha, na primeira fase de testes. A Fase 3, e última, começou em 27 de julho e recrutou 44 mil participantes. Metade dos voluntários recebeu placebo, e a outra metade, a vacina experimental. Eles tomaram as mesmas medidas preventivas que a população. Com a explosão da pandemia nos EUA, o número de casos de covid-19 entre o grupo do placebo cresceu, mas não entre os vacinados. Dos 170 casos registrados entre os participantes, 162 receberam o placebo, e oito, a vacina.

Filho de Trump está com covid-19
Donald Trump Jr., filho mais velho do presidente dos EUA, foi infectado pelo coronavírus e cumpre isolamento social, sem apresentar sintomas, declarou, ontem, um porta-voz. “Don testou positivo no começa da semana e tem respeitado uma quarentena desde que recebeu o resultado do exame”, afirmou o assessor, ao assegurar que Junior está “totalmente assintomático”. O presidente Trump; a primeira-dama, Melania; e o filho caçula do casal, Don, também tiveram covid-19. O magnata chegou a ser hospitalizado no início de outubro.

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