Morre, aos 63 anos, o jornalista Alberto Mendonça Coura

O comunicador ficou internado por 84 dias e morreu por complicações causadas por sequelas da covid-19

Ana Maria da Silva*
postado em 14/10/2020 11:37 / atualizado em 14/10/2020 11:41
 (crédito: Reprodução/ Facebook)
(crédito: Reprodução/ Facebook)

Morreu, na madrugada desta quarta-feira (14/10), aos 63 anos, o jornalista Alberto Mendonça Coura. Ele foi internado por covid-19 e, após 33 dias, venceu a doença, mas ficou sequelas como insuficiência hepática e renal (causa da morte). Ao todo, foram 84 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Sinto uma dor imensa. A amargura invade a minha alma. Sei que um deserto acaba de nascer em mim e que vou conviver com ele para sempre”, disse a esposa do comunicador, Vanda Célia Oliveira, nas redes sociais.

Beto, como foi carinhosamente apelidado por amigos e familiares, é lembrado como profissional de primeira e grande pai. Em homenagem nas redes sociais, a filha Júlia Coura Santos ressalta o amor que o jornalista tinha pela família. “Meu coração está dilacerado, mas sei o quanto ele foi forte e tentou ficar. Meu pai lutou, resistiu, queria tanto viver. Ele queria ver os netos crescerem”, lamenta. “Ele surpreendeu toda a equipe médica diversas vezes, contrariou o prognóstico e foi um guerreiro”, ressalta.

No texto, Júlia também agradeceu mensagens de carinho e apoio. “Obrigada a todos os amigos e a todas as amigas que me confortaram durantes estes dias difíceis. Recebi mensagens diárias de tantas pessoas queridas. Ganhei abraços tão apertados que encheram minha alma de força para enfrentar a realidade dura que estava vivendo”, diz. “Encontrei pessoas de luz neste caminho de escuridão”, completa.

Jornalista reconhecido, Alberto conquistou espaço no jornalismo. Trabalhou no Correio Braziliense e na Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), entre outros veículos. Já aposentado, dedicou mais tempo à família. “Beto sempre foi uma pessoa muito família e muito amiga. Ele sempre foi muito companheiro da Vanda, da filha, foi muito ligado aos netos. Sempre foi uma pessoa de bem com a vida, que estava pronta pra ajudar e tinha aquele abraço gostoso, aquele sorriso doce”, ressalta a médica Manoela Magalhães, amiga há 30 anos da família.

Para a médica, o legado do jornalista vai além da profissão. “Além de ter sido um profissional excelente, o maior legado é o do Beto pai, marido e avô, amigo. Essa é uma lembrança que as pessoas sempre vão ter dele”, acredita Manoela. “Fica o amor que sempre demonstrou pela família e amigos”, completa.

O velório será hoje, das 14h30 às 16h30, na capela 7 do cemitério Campo da Esperança e será aberto a todos os amigos por não haver risco de contágio por covid-19. O sepultamento ocorrerá às 17h.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação