postado em 31/03/2015 00:00

(foto: Lluis Gene/AFP - 19/2/15)
Sepang (Malásia) ; A Fórmula 1 pode ganhar uma divisão exclusivamente feminina nos próximos anos. Pelo menos, essa é a ideia de Bernie Ecclestone, que comanda a categoria de elite do automobilismo mundial. A intenção do executivo ao promover a participação de mulheres é atrair novos patrocinadores e fãs.
A Fórmula 1 conta com duas mulheres entre os corredores, mas ambas têm poucas chances de competir. A escocesa Susie Wolff ; mulher do chefe da Mercedes, Toto Wolff ; é pilota de testes da equipe Williams e participará de dois treinos livres ao longo da temporada, mas o alemão Adrian Sutil foi contratado recentemente como terceiro piloto do time, a fim de ir à pista caso Felipe Massa ou Valtteri Bottas estejam fora de ação.
A outra mulher na categoria é a espanhola Carmen Jordá. Ela assinou recentemente como pilota de desenvolvimento da Lotus, apesar do fraco desempenho nas categorias de base do automobilismo ; nos últimos três anos, conseguiu ficar apenas entre os 30 primeiros colocados da GP3. Carmen ocupa o mesmo cargo de Adderly Fong, de Hong Kong, contratado para aumentar a empatia com o time no público asiático. O reserva da equipe é Jolyon Palmer, campeão da temporada passada da GP2.
;Acho que devemos dar a elas um pouco de exposição;, disse Ecclestone. ;É claro que queremos as mulheres, porque elas atrairiam muita atenção, publicidade e patrocinadores. Temos que começar de algum lugar, e sugeri aos times termos campeonato separado. Assim, quem sabe, consigamos puxar alguém para a F-1?;
Atração a mais
A ideia do britânico é colocar a versão feminina da categoria para correr nos mesmos fins de semana e circuitos da Fórmula 1. Assim, os fãs que pagam os caros ingressos da categoria teriam uma atração a mais para acompanhar durante os dias de atividade.
A sugestão de Ecclestone não foi bem aceita por Susie Wolff, que pilotou o carro da Williams em um dos testes de pré-temporada e participará de dois treinos livres ao longo do Mundial. A pilota, que tem como melhor resultado da carreira a quinta colocação da Fórmula Renault britânica em 2004, afirmou ao jornal The Times que essa não seria a melhor maneira de promover a participação feminina.
"É claro que queremos as mulheres, porque elas atrairiam muita atenção, publicidade e patrocinadores. Temos que começar de algum lugar, e sugeri aos times termos campeonato separado;
Bernie Ecclestone, chefão da F-1
Estatísticas e curiosidades
Ausentes há 39 anos
A última mulher a participar de uma corrida de Fórmula 1 foi Lella Lombardi, no Grande Prêmio da Áustria de 1976. A italiana acabou a prova na 12; colocação com a Brabham. Em 2014, Susie Wolff foi a primeira mulher em 22 anos a guiar durante um fim de semana de GP, ao disputar o primeiro treino livre na Inglaterra.