Por Vinicius Nader*
postado em 15/07/2018 00:00

(foto: Globo/Raquel Cunha)
Rio de Janeiro ; ;Aos pouquinhos;. É assim que Ivete Sangalo diz que está retornando ao trabalho depois do nascimento das gêmeas Marina e Helena, de 15 meses, irmãs do primogênito Marcelo, 8 anos.
Mas é bom registrar que o ;aos pouquinhos; de Ivete não tem nada de pouco. A baiana estreia semana que vem na sétima temporada do The voice Brasil, poderá ser ouvida na abertura da novela O tempo não para (a próxima das 19h) e se prepara para gravar, em dezembro, um DVD comemorativo dos 25 anos de carreira, em São Paulo.
Isso sem falar, é claro, na profissão mãe. Ivete conta que tem uma estrutura toda à disposição dela ; ;Primeiro, você fica: ;Meu Deus, eu quero segurar, eu quero trocar as duas ao mesmo tempo;. Mas não dá e você percebe que tem que fazer um planejamento. A casa está uma loucura.;
Sem perder o bom humor por nenhum segundo, Ivete fala a seguir sobre maternidade, carreira e The voice. Confira!
Entrevista / Ivete Sangalo
Como está sua rotina com a volta das gravações do The voice e as meninas pequenas?
Elas já estão com 15 meses e estou retomando minha vida aos pouquinhos. Como meu trabalho é um pouco diferente, fiz um planejamento de me deslocar ;x; dias por semana. Consegui organizar minha agenda. No The voice, todos foram muito organizados e me contaram as diferenças com antecedência para eu me organizar.
Qual é o segredo de conciliar o casamento de 10 anos, os dois filhos e o trabalho?
O segredo é a comunhão de interesses. Quando você encontra uma pessoa que ama, começa a compartilhar com ela semelhanças de sonhos e de expectativas sobre a vida. E quando tem amor, o tempo passa que você nem percebe. E ainda tem os filhos, que consolidam a relação. Em toda casa, todo relacionamento que quer ser duradouro tem que haver discussão, diálogo, um pouco de estresse, discordância. Mas tem que ter respeito. Respeito é duradouro para qualquer relacionamento ; não só amoroso, com os colegas, com os amigos, no trabalho, com o marido em casa.
Como é a divisão entre você e o Daniel (Cady, marido de Ivete)?
A divisão é uma loucura! Ele (Daniel) está ótimo. Eu tinha um filho e fiquei 8 anos e meio exclusiva para ele. De repente, vieram as duas. Aí é aquele amor: você quer fazer tudo que está rolando com as duas ao mesmo tempo. Mas isso não é possível. Primeiro, você fica: ;Meu Deus, eu quero segurar, eu quero trocar as duas ao mesmo tempo;. Mas não dá e você percebe que tem que fazer um planejamento. A casa está uma loucura. Mas não tem coisa melhor que essa loucura.
O Marcelo está tendo muito ciúmes?
Marcelo sempre teve uma vida de muito amor, de muita atenção. Então ele não é uma criança carente. Quando as irmãs chegaram, ele viu aquilo como um presente para ele, um plus. Agora, ele se impõe. Ele chega dizendo ;mamãe, eu quero jogar futebol com você agora; e ele não envolve o nome delas na discussão por atenção para ele. Eu entendo a mensagem e, como todas as mães de muitos filhos, tenho que dividir a atenção. Daí minha vida é assim: eu tenho que ficar com ele, tenho que ficar com elas, tenho que trabalhar, tenho que ficar com o pai, eu vou desmaiar! (risos).
A gente vê que Marcelo já tem uma intimidade com a música. Como fica o coração de mãe?
Quando ele era pequenininho, Carlinhos (Brown) estava na minha casa e Marcelo pegou um bongozinho e começou a batucar. Quando eu vi nele um potencial, não fiz disso um ;Meu Deus;. Chamei Brown e disse: ;Olha como ele toca legal;. Ele pega o bongô e cansa, daí ele vai para a piscina, para o futebol ; não faço uma pressão nele para a música, porque meus pais não fizeram isso comigo. Seria muito louco da minha parte fazer uma coisa tendenciosa. Isso não é educação, isso é repressão.