França investiga assassinato de trabalhadores humanitários no Níger

Seis franceses e dois nigerianos foram mortos no domingo por um grupo de homens armados 60 quilômetros a sudeste de Niamey, durante uma excursão turística

Agência France-Presse
postado em 10/08/2020 09:57 / atualizado em 10/08/2020 10:10
 (crédito: BOUREIMA HAMA / AFP)
(crédito: BOUREIMA HAMA / AFP)

A Promotoria francesa de contraterrorismo anunciou, nesta segunda-feira (10/8), que abriu uma investigação por "homicídio em conexão com um projeto terrorista" e "associação terrorista" após o ataque, no domingo (9/8), no Níger, que matou oito pessoas, incluindo vários trabalhadores humanitários franceses.

Segundo as autoridades do país africano, seis franceses e dois nigerianos (o motorista e o guia turístico) foram mortos no domingo por um grupo de homens armados 60 quilômetros a sudeste de Niamey, durante uma excursão turística em uma área onde vivem rebanhos de girafas.

Paris confirmou a presença de franceses entre as vítimas, embora não tenha especificado seu número exato.

Anunciou também que o Exército francês continuará a prestar ajuda ao Níger após este ataque, qualificado de "terrorista" pelos presidentes dos dois países.

A Promotoria também não confirmou o número exato de vítimas francesas.

Os assassinatos não foram reivindicados por nenhum grupo, mas ocorreram em um país marcado pela instabilidade e onde atuam vários grupos jihadistas, incluindo o Estado Islâmico do Grande Saara (EIGS).

"Não se sabe a identidade dos agressores, que chegaram em motocicletas entre a vegetação e aguardaram a chegada dos turistas", assegurou uma fonte oficial próxima aos serviços ambientais.

A AFP obteve fotos que mostram os corpos das vítimas, um deles queimado e outro com ferimentos no rosto, e o veículo com buracos de bala e parcialmente incendiado.

O veículo utilizado pelos trabalhadores "pertencia à organização não governamental Acted", afirmou a mesma fonte.

Presente no Níger desde 2010, onde ajuda as pessoas deslocadas pelo conflito nas Três Fronteiras (Mali, Burkina Faso e Níger) e pela crise no Lago Chade, a Acted tem 200 funcionários no Níger, disse à AFP Joseph Breham, advogado da ONG no país.

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