Ao menos 127 pessoas morreram nos últimos dias em confrontos entre soldados e jovens de uma comunidade do Sudão do Sul que não aceitaram participar de uma operação de desarmamento, informou nesta quarta-feira o porta-voz do exército, Lul Ruai Koang.
"Posso confirmar que até agora registramos 127 mortos. De acordo com nossas informações, 82 civis e 45 soldados do exército do Sudão do Sul morreram nos confrontos", disse.
Os confrontos começaram no sábado no estado de Warrap, onde nasceu o presidente Salva Kiir e que já foi cenário de outros incidentes entre comunidades recentemente.
Várias comunidades estão armadas no Sudão do Sul para prevenir ataques e lutar contra os ladrões.
Segundo o porta-voz militar, os jovens da comunidade Gelweng, que se recusam a entregar as armas no âmbito de uma operação promovida pelo governo, atacaram uma posição do exército na área de Romic.
Os confrontos também deixaram 32 feridos entre os militares e um número indeterminado entre os Gelweng, segundo Koang.
O Sudão do Sul, onde um acordo de paz foi assinado em 2018, se recupera com dificuldades da guerra civil que deixou, em seis anos, mais de 380 mil mortos e provocou uma crise humanitária de proporções catastróficas.
O presidente Salva Kiir e o líder da principal rebelião, Riek Machar, que se tornou vice-presidente, formaram em fevereiro um governo de união nacional.
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