No segundo trimestre, a pandemia causou um declínio sem precedentes na maioria das principais economias do mundo. Com exceção da China, a única potência mundial que conseguiu não entrar em recessão por não somar os dois trimestres consecutivos em negativo.
Segundo institutos nacionais de estatística, o Produto Interno Bruto (PIB) das principais economias sofreu uma grande queda por causa do novo coronavírus, em muitos casos algo não registrado desde a Segunda Guerra Mundial, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos.
No Velho Continente, a Alemanha verificou uma queda de 10,1% do PIB no segundo trimestre, depois que o primeiro também fechou no negativo, com -2%.
É a maior queda da economia alemã desde que se calcula a evolução do PIB daquele país, superior aos -4,7% do primeiro trimestre de 2009.
No entanto, a queda mais alarmante ocorrida na Zona do Euro ocorreu na Espanha, com queda de 18,5% no segundo trimestre, após ter caído 5,2% no primeiro. Uma forte recessão alimentada por uma redução de 60% nas receitas do turismo e de mais de 33% nas exportações.
A economia francesa também foi fortemente impactada pela COVID-19, apresentando uma queda de 13,8% entre abril e junho e uma retração de 5,9% nos três primeiros meses do ano, enquanto o PIB no vermelho da Itália registrou redução de 12,4% e 5,4% no segundo e primeiro trimestres, respectivamente.
Em seu conjunto, a Zona do Euro registou uma variação negativa de 12,1% na primavera, após ter caído 3,6% nos primeiros três meses do ano, o que representa "de longe" a queda mais importante "desde o início da série histórica em 1995" da agência de estatísticas Eurostat.
O Reino Unido, país europeu com maior número absoluto de mortes pelo vírus, também foi o que sofreu a maior queda do PIB na Europa, com -20,4% entre abril e junho, após -2,2% entre janeiro e março, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira.
- China livre da recessão -
Os Estados Unidos, a maior economia mundial, também não escaparam das reduções históricas causadas pela pandemia, e encerraram o segundo trimestre com -9,5%, após -1,3% no primeiro, segundo dados da OCDE.
Apesar de ser o país no qual a COVID-19 surgiu, segundo a OMS, a China conseguiu livrar-se da recessão, e teve um crescimento de 11,5% no segundo trimestre após ter caído 10% no primeiro.
No entanto, trata-se de uma evolução do PIB muito menor do que nos anos anteriores.
O Japão também sofreu uma queda um pouco menor que as economias ocidentais, apesar de ter entrado em recessão desde o início do ano, com queda do PIB de 0,6% entre janeiro e março e 1,9% entre outubro e dezembro 2019.
A terceira economia mundial ainda não publicou seus dados para o segundo trimestre de 2020.
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