O serviço de inteligência norueguês (PST) anunciou nesta segunda-feira a prisão de um norueguês suspeito de ter fornecido informações confidenciais à Rússia.
"O homem é formalmente suspeito de ter fornecido a um Estado estrangeiro informações que podem prejudicar os interesses fundamentais da nação", disse o PST no Twitter.
Uma autoridade do PST esclareceu que essa potência estrangeira era a Rússia.
"A pessoa presa se reuniu com um oficial dos serviços de inteligência russos", afirmou Line Nyvoll Nygaard ao canal TV2 Nyhetskanalen.
Por sua vez, o organismo de certificação DNV GL, especializado na verificação de instalações industriais e de transportes, confirmou que se tratava de um dos seus colaboradores.
"O suspeito (...) através de sua posição teve acesso a informações que, a nosso ver, podem ser de grande interesse (...) para outros países e outros atores", disse Nyvoll Nygaard.
Segundo o seu advogado, ele nega os fatos, puníveis com 15 anos de prisão no país escandinavo.
Preso em um restaurante em Oslo no sábado após se encontrar com o oficial russo, segundo o PST, o suspeito de 50 anos foi colocado em prisão preventiva por quatro semanas, as duas primeiras em total isolamento.
"É decisivo que o acusado não possa se comunicar com o mundo exterior por meio, por exemplo, de outros detidos e, portanto, tenha a possibilidade de influenciar testemunhas e eliminar provas", considerou o tribunal de Oslo.
A embaixada russa em Oslo não fez comentários.
Em seu relatório anual de avaliação de riscos publicado em fevereiro, o PST alertou para os riscos de espionagem que pairam sobre vários setores da sociedade norueguesa (poder político, círculos econômicos, defesa, pesquisa, etc.), ao designar mais particularmente Rússia, China e Irã.
Vários casos de espionagem marcaram nas últimas décadas as relações entre a Noruega, um país da OTAN, e a Rússia, que compartilha uma fronteira comum no Círculo Polar Ártico.
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